Instituto Vida Nova lança projeto “50+ Vida Posithiva” para promover atividade física, bem-estar e saúde mental em pessoas idosas vivendo com HIV/aids
O HIV na terceira idade é um tema cada vez mais relevante, já que os avanços na medicina têm possibilitado que pessoas vivendo com o vírus alcancem idades mais avançadas. Além disso, novos casos estão surgindo entre idosos, muitas vezes devido à falta de conscientização e prevenção direcionadas a essa faixa etária. Com o objetivo de melhorar a qualidade de vida e a saúde mental dessa população, o Instituto Vida Nova, ONG/aids que atua no extremo leste da Cidade de São Paulo, lançou o projeto “50+ Vida Posithiva.”
A iniciativa, apoiada pelo Fundo Positivo, oferecerá aos beneficiários atividades como dança terapia, rodas de conversa, promoção da atividade física e psicoterapia, entre outros. “Este projeto surgiu da necessidade de combater o envelhecimento precoce e promover a longevidade entre idosos vivendo com HIV/aids em situação de vulnerabilidade. Acreditamos no poder transformador das atividades físicas e no cuidado com a saúde mental. Nossa meta é não apenas cultivar o amor pela vida, mas também criar oportunidades para um futuro mais promissor e repleto de novas parcerias. Visualizamos um futuro em que cada idoso tenha acesso regular à promoção da saúde física e mental, por meio de mudanças de conduta e comportamento”, afirmou Américo Nunes Neto, presidente do Instituto Vida Nova e idealizador do projeto.
Segundo Américo, o projeto visa promover uma visão positiva do envelhecimento e da longevidade entre aqueles que vivem com HIV/aids, abordando diferentes aspectos da qualidade de vida. Para alcançar esses objetivos, serão realizadas duas ações principais: promoção da atividade física e sessões de psicoterapia individual.
Os beneficiários também terão a oportunidade de participar da dança terapia, uma forma de terapia expressiva que utiliza o movimento corporal para promover a integração física, emocional, cognitiva e social. Fundamentada na conexão entre corpo e mente, a prática visa liberar tensões, expressar emoções e desenvolver autoconfiança através do movimento. É uma abordagem eficaz para tratar condições como ansiedade, depressão, estresse e traumas.
“É crucial abordar questões específicas relacionadas à saúde na terceira idade, como o impacto do HIV. O envelhecimento e a importância do suporte emocional e social para essa população são questões urgentes”, disse Américo, destacando que no passado, o diagnóstico de aids era visto como uma sentença de morte, sem perspectivas de vida longa.
Aids na terceira idade
Entre 2011 e 2021, o Ministério da Saúde registrou no Brasil 12.686 diagnósticos positivos de HIV em pessoas com 60 anos ou mais. No mesmo período, foram contabilizados 24.809 casos de aids e 14.773 óbitos devido à doença nessa faixa etária. Esses dados mostram que, durante esse período, a única faixa etária com aumento percentual de mortes relacionadas ao HIV foi a dos maiores de 60 anos. Isso evidencia a necessidade de garantir um diagnóstico precoce e um tratamento contínuo e especializado para essa população.
“É crucial promover a adesão à terapia antirretroviral, assim como a prevenção e tratamento de infecções oportunistas, e assegurar o acompanhamento regular com profissionais de saúde especializados. Com o avanço das terapias combinadas com antirretrovirais, o envelhecimento das pessoas vivendo com HIV/aids tornou-se uma realidade. Vivemos um período histórico, mas ainda aspiramos à cura!
Mês da Mulher: Empoderamento, liberdade e emancipação feminina são destaques em roda de conversa promovida pelo Instituto Vida Nova para mulheres vivendo com HIV/aids
Ser mulher em um mundo onde o machismo, a misoginia e a desigualdade de gênero descredibiliza e oprime, não é tarefa fácil. Por isso, no dia 8 de março, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, o Instituto Vida Nova promoveu um evento especial, que reuniu quase 30 mulheres que vivem com HIV/aids para um momento de celebração, cuidado, fortalecimento e empoderamento. O destaque foi uma roda de conversa, que contou com uma série de serviços dedicados à beleza e ao bem-estar, além de palestra inspiradora e um almoço de confraternização. Ancorado sob o tema da força da mulher, o encontro abordou os desafios enfrentados diariamente por elas e a importância de se sentirem belas, livres e com seus direitos garantidos.
A colaboradora técnica do Instituto, Gislaine Nunes, foi uma das líderes que esteve à frente do evento. De acordo com ela, a escuta atenta e o diálogo aberto foram pilares fundamentais que garantiram que as participantes pudessem livremente compartilhar suas experiências, suas dores, vulnerabilidades, medos e anseios, conectando-se umas com as outras. “O Chá Delas para Elas se resume em um grito de socorro, é o que eu posso observar. Nós enquanto técnicas, percebemos ali naquelas falas o quanto aquelas mulheres necessitam ser escutadas e de ter um encaminhamento. E eu quero dizer com isso que a partir do momento que a gente as deixa à vontade para abordar um assunto e elas falam sobre as suas vivências, a gente consegue identificar vulnerabilidades e fazer os encaminhamentos”, divide.
Segundo Gislaine, após identificar as necessidades, a equipe do Vida Nova está encaminhando aquelas que precisam de suporte para atender alguma demanda específica para os serviços apropriados, como por exemplo, assistência psicológica e casa de acolhida.
Gislaine pontua que durante o momento, dentre os temas debatidos, destacou-se o tema ‘relacionamento’, e dentro deste assunto foram identificadas diversas formas de violência doméstica, tanto física quanto moral.
“Eu acredito que entre as violências, a principal delas é a moral, essa é a maior forma de agressão que as mulheres acabam sofrendo dentro de seus lares, dentro de seus relacionamentos sofrem críticas, abusos, discursos como ‘eu sou homem, você é mulher, então o dever de cuidar de tudo é seu’ […]. Observamos que há uma sobrecarga dessas mulheres que precisam dar conta de tudo quando em seus lares, enquanto esperam os seus esposos. E quando chegam, são maltratadas. É bem triste! […] A gente vê o empoderamento auxiliar umas às outras que estão passando por essa fase. Isso mostra como é importante a junção desse grupo de diversas mulheres vivendo várias vidas, porque uma se fortalece na outra, dizendo coisas do tipo: ‘eu já passei por isso, está tudo bem, não se sinta culpada’, porque a culpa existe”, diz.
“Cada uma ali pede socorro de alguma forma e o intuito do grupo é que a gente possa fazer essa mulher realmente buscar meios de enxergar o problema e enxergar soluções para aquilo que está vivendo e não se conformar”, complementa trazendo a história de uma moça que compartilhou como o trabalho do cuidado tem tomado os seus dias. “Ela está com um problema no seio e precisa ser fortalecida para primeiramente cuidar de si mesma, e então depois conseguir cuidar dos filhos. Uma outra mãe também, muito emocionada, relatou a importância do Instituto Vida Nova, pois a sua filha, muito nova, chegou com sequelas já da aids. Agora está fazendo acompanhamento com fisioterapeuta e já vem melhorando grandemente sua saúde e ganhou mais autonomia […]. Essa mãe, no último momento, levantou-se, agradeceu muito a mim e a Eliane pelo acolhimento que o Instituto Vida Nova prestou. Ela chorou muito porque achou que a filha ia falecer. Aqui, contou que é muito importante essas rodas de conversa, porque assim compartilha das dores e consegue enxergar que não está sozinha.”
No Dia Mundial da Aids, o Mopaids vai ocupar a Praça da Sé em ato em defesa da população em situação de rua
Pessoas vivendo com HIV/aids, ativistas e representantes de ONGs vão ocupar a Praça da Sé, nesta sexta-feira (1) - Dia Mundial de Luta Contra a Aids, a partir das 11h, em ato em defesa da saúde da população em situação de rua. A manifestação, liderada pelo Movimento Paulistano de Luta Contra Aids (Mopaids), vai denunciar a falta de políticas públicas que dê conta da saúde desta população.
MINISTÉRIO DA SAÚDE LANÇA NOVO PROTOCOLO PARA TRATAMENTO DE HIV*
Publicado em 21/09/2023 às 17:24h
*Diogo Sponchiato, matéria originalmente publicada na revista Veja
SALVADOR – Um novo protocolo de tratamento da infecção pelo vírus HIV foi anunciado no Congresso Brasileiro de Infectologia. A atualização das diretrizes do Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde introduz uma nova formulação que combina princípios ativos para favorecer o seguimento da terapia e traz orientações para aprimorar o controle da infecção e das doenças oportunistas mais prevalentes em pacientes. O objetivo é reforçar e viabilizar o alcance das metas do Unaids, o braço da ONU dedicado ao combate à epidemia.
A última edição do documento foi publicada em 2017 e, agora, sob nova gestão, um comitê de experts reunidos pelo governo federal revisou as evidências científicas a fim de consolidar novas propostas para o tratamento, tendo em vista uma melhor adesão, a redução do número de pacientes que deixam de receber as medicações e o enfrentamento de doenças oportunistas, como a tuberculose.
“A atualização do protocolo se insere em um contexto de retomada da promoção aos direitos humanos, combate ao preconceito e políticas de inclusão social, já que sabemos que determinantes sociais influenciam o controle da epidemia”, diz o infectologista Ronaldo Hallal, coordenador da iniciativa junto ao Ministério da Saúde.
Esse trabalho se resume a três eixos: o aprimoramento do tratamento antirretroviral, a contenção de infecções oportunistas como tuberculose e hepatites virais e a abordagem das doenças não transmissíveis mais comuns com o envelhecimento das pessoas com HIV, caso de diabetes e hipertensão – este terceiro eixo será apresentado em 2024.
No tratamento da infecção em si, a principal mudança é a introdução de um medicamento que reúne dois princípios ativos (lamivudina e dolutegravir) em um comprimido só. “Isso simplifica o esquema terapêutico, favorece o cuidado contínuo ao longo da vida e ajuda a manter a carga viral sob controle”, afirma Hallal. A ideia é que o combo (coformulação) seja dispensado pelo SUS, exemplo de uma tendência que marca o fim do coquetel anti-HIV. “No passado era comum pacientes tomarem dez comprimidos por dia. Hoje temos pacientes que usam dois comprimidos”, expõe o médico.
O protocolo também prevê medidas diante de casos de resistência viral, um fenômeno que, segundo Hallal, felizmente vem caindo com as novas medicações e esquemas de uso. O especialista lembra que o governo oferece, além do acompanhamento com testes de carga viral e de resposta imune, o exame de genotipagem que permite apurar a presença de HIV resistente a algumas drogas.
Outra preocupação na mira dos médicos é a perda de seguimento no tratamento de um maior número de pacientes após a pandemia – estima-se em 10% dos indivíduos em terapia antirretroviral. Isso ocorre sobretudo em grupos de maior vulnerabilidade social, que enfrentam mais barreiras de acesso à assistência. O Ministério visa, com uma série de ações, reverter esse índice.
Nossa homenagem e adeus ao ativista Jorge Eduardo Reyes Rodriguez
Aplausos a seu transformador, bonito e forte legado!
Quando você abre a página do Instituto Vida Nova encontra um texto assinado por Jorge Eduardo Reyes Rodriguez apresentando o trabalho e uma frase que norteou sua trajetória na vida: “Não basta se indignar, é preciso fazer alguma coisa”.
Assim, sempre transformando com sua indignação, Jorge Eduardo Reyes Rodriguez nasceu no Chile, foi militar da Força Aérea Chilena, constituiu família, foi pai. Veio para o Brasil. Aqui encontrou o parceiro Américo Nunes com quem casou e construiu um importante trabalho na Zona Leste de São Paulo: fundaram há 23 anos o Instituto Vida Nova, que promove cidadania, acolhimento e integração social de pessoas vivendo com HIV/aids.
Jorge ficou conhecido por seu jeito carinhoso de acolher as pessoas vivendo com HIV/aids. Ao longo de sua trajetória sempre foi um entusiasta dos grupos de acolhimento. Nunca foi a favor do assistencialismo. O sonho dele era que todas as pessoas vivendo com HIV fossem protagonistas de suas próprias histórias.
Jorge sempre se dedicou ao trabalho de base, era considerado o coração da ONG. Conhecia a história de cada paciente que passava pelo Instituto Vida Nova. Muitas vezes assumia o papel de paizão de todos. Quando tinha alguém precisando de conselhos ou de um abraço, o Jorge estava lá…
Em São Miguel Paulista sede da ONG, todos o conheciam. Quando o Vida Nova organizava uma passeata, lá ia o Jorge pedir apoio aos comerciantes da região. Ele se identificava mais com os bastidores da luta, mas não saía também da linha de frente.
Neste momento esta Agência faz coro ao movimento de luta contra Aids no Brasil e lamenta profundamente a perda de Jorge Eduardo Reys Rodriguez deseja conforto à família e aos amigos e aplaude seu bonito, transformador, lúdico e forte legado. Fonte: Agencia de Notícias da Aids 27/05/2023
Departamento de IST/Aids lamenta perda de Jorge Eduardo Reyes Rodriguez
É com imenso pesar que o Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e ISTs (Dathi) recebe a notícia da morte do ativista Jorge Eduardo Reyes Rodriguez, ocorrido nessa quinta-feira (25), na capital paulista. Nascido em Santiago – Chile em 1954, Jorge Rodriguez criou raízes em São Paulo e realizou um “trabalho sério, respeitoso e acima de tudo em prol de quem precisa”, como disse em artigo escrito em 2022.
Jorge era presidente do Instituto Vida Nova, fundado em parceria com seu companheiro em 2000. Com sede em São Paulo, o Instituto é uma das entidades parceiras do Dathi. No mesmo texto escrito em 2022, Rodriguez conta a história de todos os desafios que enfrentaram desde a fundação e define sua atuação. “Me sinto brasileiro, um Brasil que abre portas, faz com que eu seja ponte para centenas de pessoas. Um dia de cada vez. Um dia atrás do outro, a jornada é longa”.
Sim, Jorge, a jornada é longa. Mas continuaremos por aqui, sempre na luta pelos direitos humanos, pela saúde pública, em defesa do Sistema Único de Saúde e pelos direitos das pessoas que vivem com HIV/aids.
Jorge Eduardo Reyes Rodriguez, presente!
EDITAL DE CONVOCAÇÃO
ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA
DO INSTITUTO VIDA NOVA INTEGRAÇÃO SOCIAL EDUCAÇÃO E CIDADANIA
O Instituto Vida Nova Integração Social Educação e Cidadania, vem pelo presente, convocar todos/as associados/as, equipe técnica e voluntários a participarem da Assembleia Geral Ordinária, que será realizada no dia 25/05/2023 às 19:30h. em sua sede sito à Rua: Professor Assis Veloso, 226 – Jardim São Vicente – São Paulo – SP. – CEP. 08021-470 para deliberar sobre os assuntos abaixo:
Ordem do dia:
Esclarecemos que na hipótese de não haver número legal para a Assembleia em primeira convocação às 19:30h, a mesma será realizada em segunda convocação, às 20:00h, com a presença de qualquer número de membros, em conformidade ao Estatuto.
As decisões tomadas pelos senhores (as) presentes em Assembleia Geral Ordinária, obriga todos os ausentes.
Dado a importância da pauta contamos com a presença de todos (as) os membros da instituição.
São Paulo, 24 de abril de 2023.
Jorge Eduardo Reyes Rodriguez
Presidente
INÉDITO!
A cantora Uma Luiza lançou a sua mais nova inédita música intitulada “SE JOGA NA CONVERSA”. A música foi uma inspiração com a participação da cantora no Coletivo Se Joga Na Conversa, que faz parte de Projeto Educação Em Saúde e Controle Social que une várias pessoas trans e travestis em encontros mensais no Instituto Vida Nova.
MÚSICA - SE JOGA NA CONVERSA
Autoria: Uma Luiza Soares
Participante do Coletivo Se Joga Na Conversa
Amiga! Se liga! acabei de descobrir
Que os meus direitos nem sempre estiveram aqui
Uma vez que conquistamos devemos estar alertas
Pra aprender sobre essa história
Vem se joga na conversa
Você pessoa trans vivendo na sociedade
O seu direito hoje é uma realidade.
Mas nós já bem sabemos ainda temos desafios.
Para fazer valer o que na lei está foi escrito.
A sociedade está vivendo a descoberta, nós pessoas Trans estamos ficando mais alertas, buscando estratégias referências compatíveis vamos sobreviver deixando de ser invisíveis.
E a visibilidade é sempre positiva, buscando bem lembrar se vem de baixo não se atinja! Respeito a minha vivência, minha religião, respeito a minha família, minha filiação.
Minha saúde deve ser também prioridade pois a minha mente sobrevive a maldade posta pela transfobia em cada esquina onde habito e nos espaços públicos o preconceito não é mito
Brinca com a realidades das pessoas por capricho de uma norma que pra nós realmente nem faz sentido.
Quando vou no posto haja estratégia tanta humilhação numa porra de anamnese, e na nossa mente em definitivo fica a referência que pra nós não tem ouvido.
Saúde mental também nos é direito inclusive um suporte para lidar com preconceito que pra nossa gente começa de berço com o doutor que decide o que vou ser no leito.
Me previno todo dia pra não dar bobeira e sorofobia tá longe de brincadeira, não precisa vergonha, vou falar se for preciso, prevenir referência pro futuro prum amigue.
Hei, he, he, hei...
Amiga! Se liga! acabei de descobrir
Que os meus direitos nem sempre estiveram aqui
Uma vez que conquistamos devemos estar alertas
Pra aprender sobre essa história
Vem se joga na conversa
Hei, he, he, hei...
Conheça um pouco sobre a artista Uma Luiza e como esteve presente no Se Joga Na Conversa:
“Quando conheci, a Uma Luiza fiquei encantada com seu talento, ao descobrir sua inscrição no coletivo fiquei muito feliz e não podia deixar esse talento de fora... Lancei o desafio para compor uma música com as temáticas e assim ela fez ... Quando ouvir a música foi um misto de sensação, por confirmar minha intuição e admirada com tanto talento... A música é linda e representa tudo que falamos nos nossos encontros.
A reação dos(as) participantes foi satisfatório, todas(os) encantados com o talento da Uma.
O projeto tem duração de 24 meses, foi um desafio conduzir esses encontros, cada turma, cada participante deixou sua marca em mim. Aprendi muito nesse tempo, cresci como pessoa, como profissional, a cada encontro me sinto honrada por estar fazendo parte desse projeto maravilhoso. Estou com a sensação de dever cumprido e vamos caminhando para reta final e minha meta e fechar com chave de ouro”. Afirma Kamilla Joy – Educadora do Instituto Vida Nova.
Entrevista:
Pergunta - Uma Luiza como foi fazer essa música e qual a motivação?
Resposta - A Educadora Kamilla e eu acabamos nos conhecendo através de uma indicação da atividade roda de conversas do coletivo se joga na conversa quando eu participei de uma atividade junto com outra mana travesti que conheci lá no Grajaú. Logo no primeiro encontro na primeira conversa que tivemos com o grupo A educadora Kamilla de supetão já pediu enquanto um desafio que eu escrevesse a música. Nesse momento ela já sabia que eu executava um trabalho enquanto arte educadora e enquanto cantadeira há mais ou menos 10 anos. Eu adorei o desafio e escrevi uma música com bastante carinho e generosidade pensando que os ensinamentos que eu recebi nas conversas que tive nesse projeto que me foram muito valiosos e me ajudaram a me desenvolver enquanto pessoa cidadã enquanto parte de uma sociedade que precisa de uma transformação.
Pergunta - Como você chegou no Se Joga Na Conversa e como se sente?
Resposta - O caminho que me trouxe até o projeto se joga na conversa tem a ver com a minha dança enquanto cantadeira em São Paulo. Eu participo de muitos eventos principalmente saraus, pois é no microfone aberto que me desenvolvia enquanto artista propriamente dita. No ano passado participei de uma edição especial de um sarau na zona sul com uma coletiva lgbtqia+ chamada travas da Sul nessa edição conheci muitas manas travestis e algumas manas travestis mais velhas estavam participando da celebração de um documentário que haviam concretizado a partir de uma política pública. Nesse dia conheci uma mana que me convidou para atuar enquanto convidada de uma ação que ela organizava na zona leste nós éramos do mesmo território como acho muito importante o respeito que devo dar as minhas mais velhas uma vez que entendo várias manobras políticas que foram realmente lutas travadas por uma população de mulheres a qual eu não tive oportunidade de conhecer achei muito interessante esse processo de intercâmbio e topei logo de cara conhecer esse projeto e foi nesse bate-papo com muitas manas que me indicaram a participação. Eu de cara me interessei e fiquei feliz que deu certo.
Pergunta - A música diz ...A sociedade está vivendo a descoberta, nós pessoas Trans estamos ficando mais alertas... O que isto significa?
Resposta - A sociedade ainda carece de protagonismo das pessoas transgêneros é muito comum vermos muitos projetos que falam a respeito da nossa identidade e da nossa vivência enquanto pessoas trans travestis mulheres e homens TRANS e pessoas não binárias também, mas ainda aparecemos de mecanismos dos mais básicos para que sejamos os protagonistas da nossa própria história, a narrativa das pessoas LGBT+ muitas vezes perpassa aí na adequação social abandono familiar, são tantos os fatores que nos dificultam muitas vezes nos adequarmos nos projetarmos termos mais estabilidade dentro da sociedade então em muitos momentos pessoas dessa comunidade LGBT+ passam por altas e baixas na vida na qual necessitam do suporte e estão postas à margem quase sempre ainda que essa realidade vem mudando carecemos de mecanismos que incluam as várias diferencialidades que a sigla LGBT+ podem muitas vezes trazer e revelar, é importante que nós mesmos tenhamos essa propriedade de lutarmos pelo que nos é necessidade e direito; porque somente as pessoas falando delas próprias vão produzir essa narrativa mais econômica capaz de produzir um impacto social positivo uma transformação positiva que transforma a gente também enquanto sociedade coletivamente.
Mortes por aids: Elas ainda acontecem? 11/03/2023 - 09h08
Hoje, a infecção pelo HIV já não é mais uma sentença de morte. Se, nos anos 1980, era comum que várias celebridades se tornassem vítimas da epidemia da aids, hoje é muito mais raro ouvir falar de alguém que faleceu por causa da doença. Mas o que isso significa? Será que as pessoas realmente não morrem mais de aids?
Diferença entre a infecção pelo HIV e a aids
A primeira coisa a esclarecer sobre o assunto é que a infecção pelo HIV é diferente da aids, a síndrome da imunodeficiência adquirida.
“A infecção por HIV significa que existe a presença do vírus no organismo. Já a aids acontece conforme esse vírus vai se multiplicando na circulação sanguínea e destruindo as células de defesa, principalmente os linfócitos T4. Quando a contagem desses linfócitos está abaixo de 350 células, o paciente fica vulnerável a apresentar infecções oportunistas. Logo, tem aids”, explica a dra. Marianna Bezerra, infectologista no Centro de Testagem e Aconselhamento de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
Mais infecções, menos mortes
Tendo em mente essa diferença, é preciso saber que, de acordo com o último Boletim Epidemiológico de HIV/aids, entre 2011 e 2021, o número de infecções por HIV aumentou 198%, passando de 13,7 mil para 40,9 mil.
Por outro lado, os casos de aids diminuíram 18,5%, caindo de 43,2 mil para 35,2 mil no mesmo período. Como consequência, os óbitos também reduziram em 7,5%, indo de 12,1 mil para 11,2 mil.
O que explica essa aparente contradição é o avanço no tratamento. Enquanto na década de 1980 os pacientes que viviam com HIV precisavam tomar um coquetel de medicamentos que, muitas vezes, não conseguiam combater o avanço da doença, hoje são necessários apenas dois comprimidos para o tratamento, bem mais eficiente e acessível.
Delas para Elas: Instituto Vida Nova cria grupo de convivência para debater as especificidades de mulheres com HIV na periferia 07/03/2023
Neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, as mulheres do Instituto Vida Nova vão se unirem em uma roda de conversa sobre as especificidades de mulheres com HIV na periferia. O bate-papo, batizada de Delas para Elas, vai acontecer a partir das 11h30, na sede do Vida Nova, no extremo leste de São Paulo.
Eliane Câmara e Márcia Renata foram as idealizadoras dessa atividade. Em entrevista à Agência Aids, elas contaram que a iniciativa também tem por objetivo empoderar mulheres e resgatar a força feminina na defesa dos direitos humanos.
INSTITUTO VIDA NOVA RECEBE DO GOVERNO DE SÃO PAULO O SELO PAULISTA DA DIVERSIDADE
O Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, realiza hoje, a segunda edição de 2022 do Selo Paulista da Diversidade. O evento tem como principal objetivo reconhecer organizações públicas, privadas e da sociedade civil que desenvolvem ou se comprometem a desenvolver boas práticas de promoção e valorização da diversidade de gênero, raça, orientação sexual, com ações para pessoas imigrantes ou em situação de refúgio, pessoa idosa, pessoa com deficiência, pessoas com HIV/Aids, entre outros grupos. No total, 36 organizações receberam o selo em categoria adesão entre elas, o Instituto Vida Nova.
“É honroso representar o Instituto Vida Nova, ser premiado por executar projetos voltando a diversidade, vai além do prêmio em si, é uma certeza que todo trabalho árduo está fazendo sentindo.... Estar presente nesse espaço público com um evento voltado a diversidade, me transmite alegria e esperança de um futuro melhor. Parabéns Instituto Vida Nova....” Kamilla Joy
Evento aconteceu na tarde de quarta-feira (23) e certificou organizações que implementam boas práticas que valorizam a diversidade e inclusão.
O Instituto Vida Nova recebeu o Selo Paulista da Diversidade na categoria Adesão; para organizações que estão em fase de planejamento e implementação de sua política de Diversidade. Na cerimônia de entrega subiram ao palco para a receber a premiação, Jorge Eduardo – Presidente do Instituto Vida Nova juntamente com as educadoras Kamilla Joy, Nathy Kaspper e Soraya Conceição educadoras do Instituto Vida Nova representando a comunidade de pessoas transgêneros que se beneficiaram dos projetos TransPrevenção, Close Certo, Se Joga Na Conversa e Jovem Gay.
PROJETO DE AÇÃO COMUNITÁRIA SURPREENDE PROFISSIONAIS DE SAÚDE DE GUARULHOS
MOVIMENTOS SOCIAIS SE UNEM PELA BANCADA FEMINISTA
Centenas de pessoas estiveram no grande ato de lançamento da pré-candidatura de feministas negras da Bancada Feminista para a Assembleia Legislativa de São Paulo - Alesp, com participações especiais de lideranças e movimentos sociais. Ao som de canto e violão, poesia, bloco afro, entre outras expressões artísticas, na tarde deste sábado (09), aconteceu o lançamento de pré candidatura no espaço Nave Coletiva no Cambuci. Para além da mobilização com diversos movimentos sociais, a bancada feminista visa conversar com a classe trabalhadora religiosa, irá defender mulheres evangélica, para que juntas tirem os votos fundamentalistas. Representação indígena, movimentos sociais de vários municípios favoráveis ao feminismo popular antifascismo e socialista, estão alinhados por uma política representativa, inclusive HIV/AIDS, tendo o Mopaids e Rede de pessoas vivendo com HIV como referência para as políticas públicas de saúde. Afirma que estará na luta contra todas as opressões.
Guilherme Boulos esteve presente e com total apoio a bancada feminista, "É necessário derrotar o bolsanarismo e tucanistão, será preciso ter gente nossa na câmara dos Deputados do Estado para eleger a maior bancada de esquerda da história do Brasil, pra ocupar Brasília e na Assembleia Legislativa eleger uma bancada incrível, grande, representativa do PSOL, vamos caminhar juntos" Afirma Boulos.
É NECESSÁRIO ECOAR ESSE DESCASO
Os Membros da Frente Parlamentar de Controle de ISTs/ HIV/Aids e Tuberculose, (FPHT) se mobilizaram nesta sexta-feira (24/06) para mobilizar estratégias de cooperação técnica entre Secretarias de Saúde e Assistência Social. Representantes da sociedade civil ficaram indignados pela ausência da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, (SMADS). Tendo como base de discussão o Acordo de Cooperação Técnica Nº 60/2021 entre O Ministério da Cidadania, representado pela Secretaria Especial do Desenvolvimento Social, e o Ministério da Saúde, por objeto em estabelecer a mútua cooperação técnica para a conjugação de esforços na articulação entre o Sistema Único de Saúde e Sistema Único de Assistência Social (SUS/SUAS).
SE JOGA NA CONVERSA - PESSOAS TRANS E TRAVESTIS SE JOGARAM NA TERCEIRA TURMA DO COLETIVO.
Essa nova turma se destaca das anteriores em relação a faixa etária, com pessoas jovens e adultas acima dos 40 anos de idade. Quando se diz que a expectativa de vida das pessoas trans e travestis está em média dos 35 anos, o que se percebe é que esta estimativa nas atividades do Instituto Vida Nova não se aplica, assim como este cenário está mudando; contudo os índices de violência e mortes desta população ainda são grandes.
Sob a coordenação de Américo Nunes e da técnica Kamilla Joy, o Coletivo Se Joga Na Conversa no primeiro dia as/os participantes conheceram as dependências e demais técnicos do Instituto Vida Nova, após se jogaram na conversa debatendo temas sobre vivências, autoestima, visibilidade positiva e autocuidado.
Entre as vivências com histórias em comuns das pessoas trans/travestis o coletivo despertou o interesse por temas transversais sobre Prostituição e Empregabilidade.
“A cada nova turma a intenção é a mesma, construir um espaço acolhedor e de trocas, essa turma está bem mesclada e acredito que o resultado será maravilhoso, pois metade representa a voz da experiência, mulheres transexuais na faixa etária de 40 a 46 anos que passaram por muitas coisas, pagaram um alto preço por assumir quem são, e a outra metade a voz da juventude faixa etária de 17 a 30 anos, uma visão de aprendizado, um olhar de esperança por dias melhores; meninas transexuais que estão trabalhando , estudando, realidade essa que para as mais experientes era algo distante e impossível.
NÃO IMPORTA COM QUEM VOCÊ NAMORA, O QUE IMPORTA É A PREVENÇÃO!
Esse foi o slogan utilizado para a ação do Dias dos Namorados realizada pela equipe de prevenção do Instituto Vida Nova; nesta quinta-feira (09) na Estação de Suzano da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Os transeuntes da CPTM receberam Kits de prevenção, kits de beleza e um pirulito para adoçar o paladar e simbolizar o tão esperado dia do amor.
A ação preventiva das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) vai muito além do simples incentivo ao autocuidado com a saúde. Ela tem benefícios que afetam a vida e produtividade das pessoas e, principalmente, contribuem para os objetivos estratégicos do Instituto Vida Nova para minimizar a pandemia da Aids. Utilizando da premissa do Dia dos Namorados, foi causar um estado de alerta nas pessoas e chamar a responsabilidade que cada um tem a reverência de ter uma vida sexual ativa de forma protegida com conhecimento sobre as novas formas de prevenção do HIV, foi o que a equipe de agentes de prevenção causou.
O conceito prevencionista teve sua semente plantada em centenas de pessoas que passaram pela estação e foram orientadas e que essa orientação seja semente e germine para uma vida saudável sem doenças; esse é o maior objetivo da equipe.
A cada dia, novos casos de HIV e ISTs surgem no Brasil; a preocupação da equipe é o ano todo. Em razão disso a equipe desenvolve diversas ações de conscientização, realizam palestras, rodas de conversas, distribuem preservativos, gel lubrificantes e autoteste para HIV e mensalmente se capacitam para a melhoria da qualidade do trabalho e atualizar as novidades em prevenção das ISTs, Tuberculose e assistência às pessoas com HIV.