Instituto Vida Nova lança projeto “50+ Vida Posithiva” para promover atividade física, bem-estar e saúde mental em pessoas idosas vivendo com HIV/aids
O HIV na terceira idade é um tema cada vez mais relevante, já que os avanços na medicina têm possibilitado que pessoas vivendo com o vírus alcancem idades mais avançadas. Além disso, novos casos estão surgindo entre idosos, muitas vezes devido à falta de conscientização e prevenção direcionadas a essa faixa etária. Com o objetivo de melhorar a qualidade de vida e a saúde mental dessa população, o Instituto Vida Nova, ONG/aids que atua no extremo leste da Cidade de São Paulo, lançou o projeto “50+ Vida Posithiva.”
A iniciativa, apoiada pelo Fundo Positivo, oferecerá aos beneficiários atividades como dança terapia, rodas de conversa, promoção da atividade física e psicoterapia, entre outros. “Este projeto surgiu da necessidade de combater o envelhecimento precoce e promover a longevidade entre idosos vivendo com HIV/aids em situação de vulnerabilidade. Acreditamos no poder transformador das atividades físicas e no cuidado com a saúde mental. Nossa meta é não apenas cultivar o amor pela vida, mas também criar oportunidades para um futuro mais promissor e repleto de novas parcerias. Visualizamos um futuro em que cada idoso tenha acesso regular à promoção da saúde física e mental, por meio de mudanças de conduta e comportamento”, afirmou Américo Nunes Neto, presidente do Instituto Vida Nova e idealizador do projeto.
Segundo Américo, o projeto visa promover uma visão positiva do envelhecimento e da longevidade entre aqueles que vivem com HIV/aids, abordando diferentes aspectos da qualidade de vida. Para alcançar esses objetivos, serão realizadas duas ações principais: promoção da atividade física e sessões de psicoterapia individual.
Os beneficiários também terão a oportunidade de participar da dança terapia, uma forma de terapia expressiva que utiliza o movimento corporal para promover a integração física, emocional, cognitiva e social. Fundamentada na conexão entre corpo e mente, a prática visa liberar tensões, expressar emoções e desenvolver autoconfiança através do movimento. É uma abordagem eficaz para tratar condições como ansiedade, depressão, estresse e traumas.
“É crucial abordar questões específicas relacionadas à saúde na terceira idade, como o impacto do HIV. O envelhecimento e a importância do suporte emocional e social para essa população são questões urgentes”, disse Américo, destacando que no passado, o diagnóstico de aids era visto como uma sentença de morte, sem perspectivas de vida longa.
Aids na terceira idade
Entre 2011 e 2021, o Ministério da Saúde registrou no Brasil 12.686 diagnósticos positivos de HIV em pessoas com 60 anos ou mais. No mesmo período, foram contabilizados 24.809 casos de aids e 14.773 óbitos devido à doença nessa faixa etária. Esses dados mostram que, durante esse período, a única faixa etária com aumento percentual de mortes relacionadas ao HIV foi a dos maiores de 60 anos. Isso evidencia a necessidade de garantir um diagnóstico precoce e um tratamento contínuo e especializado para essa população.
“É crucial promover a adesão à terapia antirretroviral, assim como a prevenção e tratamento de infecções oportunistas, e assegurar o acompanhamento regular com profissionais de saúde especializados. Com o avanço das terapias combinadas com antirretrovirais, o envelhecimento das pessoas vivendo com HIV/aids tornou-se uma realidade. Vivemos um período histórico, mas ainda aspiramos à cura!
Mês da Mulher: Empoderamento, liberdade e emancipação feminina são destaques em roda de conversa promovida pelo Instituto Vida Nova para mulheres vivendo com HIV/aids
Ser mulher em um mundo onde o machismo, a misoginia e a desigualdade de gênero descredibiliza e oprime, não é tarefa fácil. Por isso, no dia 8 de março, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, o Instituto Vida Nova promoveu um evento especial, que reuniu quase 30 mulheres que vivem com HIV/aids para um momento de celebração, cuidado, fortalecimento e empoderamento. O destaque foi uma roda de conversa, que contou com uma série de serviços dedicados à beleza e ao bem-estar, além de palestra inspiradora e um almoço de confraternização. Ancorado sob o tema da força da mulher, o encontro abordou os desafios enfrentados diariamente por elas e a importância de se sentirem belas, livres e com seus direitos garantidos.
A colaboradora técnica do Instituto, Gislaine Nunes, foi uma das líderes que esteve à frente do evento. De acordo com ela, a escuta atenta e o diálogo aberto foram pilares fundamentais que garantiram que as participantes pudessem livremente compartilhar suas experiências, suas dores, vulnerabilidades, medos e anseios, conectando-se umas com as outras. “O Chá Delas para Elas se resume em um grito de socorro, é o que eu posso observar. Nós enquanto técnicas, percebemos ali naquelas falas o quanto aquelas mulheres necessitam ser escutadas e de ter um encaminhamento. E eu quero dizer com isso que a partir do momento que a gente as deixa à vontade para abordar um assunto e elas falam sobre as suas vivências, a gente consegue identificar vulnerabilidades e fazer os encaminhamentos”, divide.
Segundo Gislaine, após identificar as necessidades, a equipe do Vida Nova está encaminhando aquelas que precisam de suporte para atender alguma demanda específica para os serviços apropriados, como por exemplo, assistência psicológica e casa de acolhida.
Gislaine pontua que durante o momento, dentre os temas debatidos, destacou-se o tema ‘relacionamento’, e dentro deste assunto foram identificadas diversas formas de violência doméstica, tanto física quanto moral.
“Eu acredito que entre as violências, a principal delas é a moral, essa é a maior forma de agressão que as mulheres acabam sofrendo dentro de seus lares, dentro de seus relacionamentos sofrem críticas, abusos, discursos como ‘eu sou homem, você é mulher, então o dever de cuidar de tudo é seu’ […]. Observamos que há uma sobrecarga dessas mulheres que precisam dar conta de tudo quando em seus lares, enquanto esperam os seus esposos. E quando chegam, são maltratadas. É bem triste! […] A gente vê o empoderamento auxiliar umas às outras que estão passando por essa fase. Isso mostra como é importante a junção desse grupo de diversas mulheres vivendo várias vidas, porque uma se fortalece na outra, dizendo coisas do tipo: ‘eu já passei por isso, está tudo bem, não se sinta culpada’, porque a culpa existe”, diz.
“Cada uma ali pede socorro de alguma forma e o intuito do grupo é que a gente possa fazer essa mulher realmente buscar meios de enxergar o problema e enxergar soluções para aquilo que está vivendo e não se conformar”, complementa trazendo a história de uma moça que compartilhou como o trabalho do cuidado tem tomado os seus dias. “Ela está com um problema no seio e precisa ser fortalecida para primeiramente cuidar de si mesma, e então depois conseguir cuidar dos filhos. Uma outra mãe também, muito emocionada, relatou a importância do Instituto Vida Nova, pois a sua filha, muito nova, chegou com sequelas já da aids. Agora está fazendo acompanhamento com fisioterapeuta e já vem melhorando grandemente sua saúde e ganhou mais autonomia […]. Essa mãe, no último momento, levantou-se, agradeceu muito a mim e a Eliane pelo acolhimento que o Instituto Vida Nova prestou. Ela chorou muito porque achou que a filha ia falecer. Aqui, contou que é muito importante essas rodas de conversa, porque assim compartilha das dores e consegue enxergar que não está sozinha.”
No Dia Mundial da Aids, o Mopaids vai ocupar a Praça da Sé em ato em defesa da população em situação de rua
Pessoas vivendo com HIV/aids, ativistas e representantes de ONGs vão ocupar a Praça da Sé, nesta sexta-feira (1) - Dia Mundial de Luta Contra a Aids, a partir das 11h, em ato em defesa da saúde da população em situação de rua. A manifestação, liderada pelo Movimento Paulistano de Luta Contra Aids (Mopaids), vai denunciar a falta de políticas públicas que dê conta da saúde desta população.
MINISTÉRIO DA SAÚDE LANÇA NOVO PROTOCOLO PARA TRATAMENTO DE HIV*
Publicado em 21/09/2023 às 17:24h
*Diogo Sponchiato, matéria originalmente publicada na revista Veja
SALVADOR – Um novo protocolo de tratamento da infecção pelo vírus HIV foi anunciado no Congresso Brasileiro de Infectologia. A atualização das diretrizes do Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde introduz uma nova formulação que combina princípios ativos para favorecer o seguimento da terapia e traz orientações para aprimorar o controle da infecção e das doenças oportunistas mais prevalentes em pacientes. O objetivo é reforçar e viabilizar o alcance das metas do Unaids, o braço da ONU dedicado ao combate à epidemia.
A última edição do documento foi publicada em 2017 e, agora, sob nova gestão, um comitê de experts reunidos pelo governo federal revisou as evidências científicas a fim de consolidar novas propostas para o tratamento, tendo em vista uma melhor adesão, a redução do número de pacientes que deixam de receber as medicações e o enfrentamento de doenças oportunistas, como a tuberculose.
“A atualização do protocolo se insere em um contexto de retomada da promoção aos direitos humanos, combate ao preconceito e políticas de inclusão social, já que sabemos que determinantes sociais influenciam o controle da epidemia”, diz o infectologista Ronaldo Hallal, coordenador da iniciativa junto ao Ministério da Saúde.
Esse trabalho se resume a três eixos: o aprimoramento do tratamento antirretroviral, a contenção de infecções oportunistas como tuberculose e hepatites virais e a abordagem das doenças não transmissíveis mais comuns com o envelhecimento das pessoas com HIV, caso de diabetes e hipertensão – este terceiro eixo será apresentado em 2024.
No tratamento da infecção em si, a principal mudança é a introdução de um medicamento que reúne dois princípios ativos (lamivudina e dolutegravir) em um comprimido só. “Isso simplifica o esquema terapêutico, favorece o cuidado contínuo ao longo da vida e ajuda a manter a carga viral sob controle”, afirma Hallal. A ideia é que o combo (coformulação) seja dispensado pelo SUS, exemplo de uma tendência que marca o fim do coquetel anti-HIV. “No passado era comum pacientes tomarem dez comprimidos por dia. Hoje temos pacientes que usam dois comprimidos”, expõe o médico.
O protocolo também prevê medidas diante de casos de resistência viral, um fenômeno que, segundo Hallal, felizmente vem caindo com as novas medicações e esquemas de uso. O especialista lembra que o governo oferece, além do acompanhamento com testes de carga viral e de resposta imune, o exame de genotipagem que permite apurar a presença de HIV resistente a algumas drogas.
Outra preocupação na mira dos médicos é a perda de seguimento no tratamento de um maior número de pacientes após a pandemia – estima-se em 10% dos indivíduos em terapia antirretroviral. Isso ocorre sobretudo em grupos de maior vulnerabilidade social, que enfrentam mais barreiras de acesso à assistência. O Ministério visa, com uma série de ações, reverter esse índice.
Nossa homenagem e adeus ao ativista Jorge Eduardo Reyes Rodriguez
Aplausos a seu transformador, bonito e forte legado!
Quando você abre a página do Instituto Vida Nova encontra um texto assinado por Jorge Eduardo Reyes Rodriguez apresentando o trabalho e uma frase que norteou sua trajetória na vida: “Não basta se indignar, é preciso fazer alguma coisa”.
Assim, sempre transformando com sua indignação, Jorge Eduardo Reyes Rodriguez nasceu no Chile, foi militar da Força Aérea Chilena, constituiu família, foi pai. Veio para o Brasil. Aqui encontrou o parceiro Américo Nunes com quem casou e construiu um importante trabalho na Zona Leste de São Paulo: fundaram há 23 anos o Instituto Vida Nova, que promove cidadania, acolhimento e integração social de pessoas vivendo com HIV/aids.
Jorge ficou conhecido por seu jeito carinhoso de acolher as pessoas vivendo com HIV/aids. Ao longo de sua trajetória sempre foi um entusiasta dos grupos de acolhimento. Nunca foi a favor do assistencialismo. O sonho dele era que todas as pessoas vivendo com HIV fossem protagonistas de suas próprias histórias.
Jorge sempre se dedicou ao trabalho de base, era considerado o coração da ONG. Conhecia a história de cada paciente que passava pelo Instituto Vida Nova. Muitas vezes assumia o papel de paizão de todos. Quando tinha alguém precisando de conselhos ou de um abraço, o Jorge estava lá…
Em São Miguel Paulista sede da ONG, todos o conheciam. Quando o Vida Nova organizava uma passeata, lá ia o Jorge pedir apoio aos comerciantes da região. Ele se identificava mais com os bastidores da luta, mas não saía também da linha de frente.
Neste momento esta Agência faz coro ao movimento de luta contra Aids no Brasil e lamenta profundamente a perda de Jorge Eduardo Reys Rodriguez deseja conforto à família e aos amigos e aplaude seu bonito, transformador, lúdico e forte legado. Fonte: Agencia de Notícias da Aids 27/05/2023
Departamento de IST/Aids lamenta perda de Jorge Eduardo Reyes Rodriguez
É com imenso pesar que o Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e ISTs (Dathi) recebe a notícia da morte do ativista Jorge Eduardo Reyes Rodriguez, ocorrido nessa quinta-feira (25), na capital paulista. Nascido em Santiago – Chile em 1954, Jorge Rodriguez criou raízes em São Paulo e realizou um “trabalho sério, respeitoso e acima de tudo em prol de quem precisa”, como disse em artigo escrito em 2022.
Jorge era presidente do Instituto Vida Nova, fundado em parceria com seu companheiro em 2000. Com sede em São Paulo, o Instituto é uma das entidades parceiras do Dathi. No mesmo texto escrito em 2022, Rodriguez conta a história de todos os desafios que enfrentaram desde a fundação e define sua atuação. “Me sinto brasileiro, um Brasil que abre portas, faz com que eu seja ponte para centenas de pessoas. Um dia de cada vez. Um dia atrás do outro, a jornada é longa”.
Sim, Jorge, a jornada é longa. Mas continuaremos por aqui, sempre na luta pelos direitos humanos, pela saúde pública, em defesa do Sistema Único de Saúde e pelos direitos das pessoas que vivem com HIV/aids.
Jorge Eduardo Reyes Rodriguez, presente!
EDITAL DE CONVOCAÇÃO
ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA
DO INSTITUTO VIDA NOVA INTEGRAÇÃO SOCIAL EDUCAÇÃO E CIDADANIA
O Instituto Vida Nova Integração Social Educação e Cidadania, vem pelo presente, convocar todos/as associados/as, equipe técnica e voluntários a participarem da Assembleia Geral Ordinária, que será realizada no dia 25/05/2023 às 19:30h. em sua sede sito à Rua: Professor Assis Veloso, 226 – Jardim São Vicente – São Paulo – SP. – CEP. 08021-470 para deliberar sobre os assuntos abaixo:
Ordem do dia:
Esclarecemos que na hipótese de não haver número legal para a Assembleia em primeira convocação às 19:30h, a mesma será realizada em segunda convocação, às 20:00h, com a presença de qualquer número de membros, em conformidade ao Estatuto.
As decisões tomadas pelos senhores (as) presentes em Assembleia Geral Ordinária, obriga todos os ausentes.
Dado a importância da pauta contamos com a presença de todos (as) os membros da instituição.
São Paulo, 24 de abril de 2023.
Jorge Eduardo Reyes Rodriguez
Presidente
INÉDITO!
A cantora Uma Luiza lançou a sua mais nova inédita música intitulada “SE JOGA NA CONVERSA”. A música foi uma inspiração com a participação da cantora no Coletivo Se Joga Na Conversa, que faz parte de Projeto Educação Em Saúde e Controle Social que une várias pessoas trans e travestis em encontros mensais no Instituto Vida Nova.
MÚSICA - SE JOGA NA CONVERSA
Autoria: Uma Luiza Soares
Participante do Coletivo Se Joga Na Conversa
Amiga! Se liga! acabei de descobrir
Que os meus direitos nem sempre estiveram aqui
Uma vez que conquistamos devemos estar alertas
Pra aprender sobre essa história
Vem se joga na conversa
Você pessoa trans vivendo na sociedade
O seu direito hoje é uma realidade.
Mas nós já bem sabemos ainda temos desafios.
Para fazer valer o que na lei está foi escrito.
A sociedade está vivendo a descoberta, nós pessoas Trans estamos ficando mais alertas, buscando estratégias referências compatíveis vamos sobreviver deixando de ser invisíveis.
E a visibilidade é sempre positiva, buscando bem lembrar se vem de baixo não se atinja! Respeito a minha vivência, minha religião, respeito a minha família, minha filiação.
Minha saúde deve ser também prioridade pois a minha mente sobrevive a maldade posta pela transfobia em cada esquina onde habito e nos espaços públicos o preconceito não é mito
Brinca com a realidades das pessoas por capricho de uma norma que pra nós realmente nem faz sentido.
Quando vou no posto haja estratégia tanta humilhação numa porra de anamnese, e na nossa mente em definitivo fica a referência que pra nós não tem ouvido.
Saúde mental também nos é direito inclusive um suporte para lidar com preconceito que pra nossa gente começa de berço com o doutor que decide o que vou ser no leito.
Me previno todo dia pra não dar bobeira e sorofobia tá longe de brincadeira, não precisa vergonha, vou falar se for preciso, prevenir referência pro futuro prum amigue.
Hei, he, he, hei...
Amiga! Se liga! acabei de descobrir
Que os meus direitos nem sempre estiveram aqui
Uma vez que conquistamos devemos estar alertas
Pra aprender sobre essa história
Vem se joga na conversa
Hei, he, he, hei...
Conheça um pouco sobre a artista Uma Luiza e como esteve presente no Se Joga Na Conversa:
“Quando conheci, a Uma Luiza fiquei encantada com seu talento, ao descobrir sua inscrição no coletivo fiquei muito feliz e não podia deixar esse talento de fora... Lancei o desafio para compor uma música com as temáticas e assim ela fez ... Quando ouvir a música foi um misto de sensação, por confirmar minha intuição e admirada com tanto talento... A música é linda e representa tudo que falamos nos nossos encontros.
A reação dos(as) participantes foi satisfatório, todas(os) encantados com o talento da Uma.
O projeto tem duração de 24 meses, foi um desafio conduzir esses encontros, cada turma, cada participante deixou sua marca em mim. Aprendi muito nesse tempo, cresci como pessoa, como profissional, a cada encontro me sinto honrada por estar fazendo parte desse projeto maravilhoso. Estou com a sensação de dever cumprido e vamos caminhando para reta final e minha meta e fechar com chave de ouro”. Afirma Kamilla Joy – Educadora do Instituto Vida Nova.
Entrevista:
Pergunta - Uma Luiza como foi fazer essa música e qual a motivação?
Resposta - A Educadora Kamilla e eu acabamos nos conhecendo através de uma indicação da atividade roda de conversas do coletivo se joga na conversa quando eu participei de uma atividade junto com outra mana travesti que conheci lá no Grajaú. Logo no primeiro encontro na primeira conversa que tivemos com o grupo A educadora Kamilla de supetão já pediu enquanto um desafio que eu escrevesse a música. Nesse momento ela já sabia que eu executava um trabalho enquanto arte educadora e enquanto cantadeira há mais ou menos 10 anos. Eu adorei o desafio e escrevi uma música com bastante carinho e generosidade pensando que os ensinamentos que eu recebi nas conversas que tive nesse projeto que me foram muito valiosos e me ajudaram a me desenvolver enquanto pessoa cidadã enquanto parte de uma sociedade que precisa de uma transformação.
Pergunta - Como você chegou no Se Joga Na Conversa e como se sente?
Resposta - O caminho que me trouxe até o projeto se joga na conversa tem a ver com a minha dança enquanto cantadeira em São Paulo. Eu participo de muitos eventos principalmente saraus, pois é no microfone aberto que me desenvolvia enquanto artista propriamente dita. No ano passado participei de uma edição especial de um sarau na zona sul com uma coletiva lgbtqia+ chamada travas da Sul nessa edição conheci muitas manas travestis e algumas manas travestis mais velhas estavam participando da celebração de um documentário que haviam concretizado a partir de uma política pública. Nesse dia conheci uma mana que me convidou para atuar enquanto convidada de uma ação que ela organizava na zona leste nós éramos do mesmo território como acho muito importante o respeito que devo dar as minhas mais velhas uma vez que entendo várias manobras políticas que foram realmente lutas travadas por uma população de mulheres a qual eu não tive oportunidade de conhecer achei muito interessante esse processo de intercâmbio e topei logo de cara conhecer esse projeto e foi nesse bate-papo com muitas manas que me indicaram a participação. Eu de cara me interessei e fiquei feliz que deu certo.
Pergunta - A música diz ...A sociedade está vivendo a descoberta, nós pessoas Trans estamos ficando mais alertas... O que isto significa?
Resposta - A sociedade ainda carece de protagonismo das pessoas transgêneros é muito comum vermos muitos projetos que falam a respeito da nossa identidade e da nossa vivência enquanto pessoas trans travestis mulheres e homens TRANS e pessoas não binárias também, mas ainda aparecemos de mecanismos dos mais básicos para que sejamos os protagonistas da nossa própria história, a narrativa das pessoas LGBT+ muitas vezes perpassa aí na adequação social abandono familiar, são tantos os fatores que nos dificultam muitas vezes nos adequarmos nos projetarmos termos mais estabilidade dentro da sociedade então em muitos momentos pessoas dessa comunidade LGBT+ passam por altas e baixas na vida na qual necessitam do suporte e estão postas à margem quase sempre ainda que essa realidade vem mudando carecemos de mecanismos que incluam as várias diferencialidades que a sigla LGBT+ podem muitas vezes trazer e revelar, é importante que nós mesmos tenhamos essa propriedade de lutarmos pelo que nos é necessidade e direito; porque somente as pessoas falando delas próprias vão produzir essa narrativa mais econômica capaz de produzir um impacto social positivo uma transformação positiva que transforma a gente também enquanto sociedade coletivamente.
Mortes por aids: Elas ainda acontecem? 11/03/2023 - 09h08
Hoje, a infecção pelo HIV já não é mais uma sentença de morte. Se, nos anos 1980, era comum que várias celebridades se tornassem vítimas da epidemia da aids, hoje é muito mais raro ouvir falar de alguém que faleceu por causa da doença. Mas o que isso significa? Será que as pessoas realmente não morrem mais de aids?
Diferença entre a infecção pelo HIV e a aids
A primeira coisa a esclarecer sobre o assunto é que a infecção pelo HIV é diferente da aids, a síndrome da imunodeficiência adquirida.
“A infecção por HIV significa que existe a presença do vírus no organismo. Já a aids acontece conforme esse vírus vai se multiplicando na circulação sanguínea e destruindo as células de defesa, principalmente os linfócitos T4. Quando a contagem desses linfócitos está abaixo de 350 células, o paciente fica vulnerável a apresentar infecções oportunistas. Logo, tem aids”, explica a dra. Marianna Bezerra, infectologista no Centro de Testagem e Aconselhamento de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
Mais infecções, menos mortes
Tendo em mente essa diferença, é preciso saber que, de acordo com o último Boletim Epidemiológico de HIV/aids, entre 2011 e 2021, o número de infecções por HIV aumentou 198%, passando de 13,7 mil para 40,9 mil.
Por outro lado, os casos de aids diminuíram 18,5%, caindo de 43,2 mil para 35,2 mil no mesmo período. Como consequência, os óbitos também reduziram em 7,5%, indo de 12,1 mil para 11,2 mil.
O que explica essa aparente contradição é o avanço no tratamento. Enquanto na década de 1980 os pacientes que viviam com HIV precisavam tomar um coquetel de medicamentos que, muitas vezes, não conseguiam combater o avanço da doença, hoje são necessários apenas dois comprimidos para o tratamento, bem mais eficiente e acessível.
Delas para Elas: Instituto Vida Nova cria grupo de convivência para debater as especificidades de mulheres com HIV na periferia 07/03/2023
Neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, as mulheres do Instituto Vida Nova vão se unirem em uma roda de conversa sobre as especificidades de mulheres com HIV na periferia. O bate-papo, batizada de Delas para Elas, vai acontecer a partir das 11h30, na sede do Vida Nova, no extremo leste de São Paulo.
Eliane Câmara e Márcia Renata foram as idealizadoras dessa atividade. Em entrevista à Agência Aids, elas contaram que a iniciativa também tem por objetivo empoderar mulheres e resgatar a força feminina na defesa dos direitos humanos.
INSTITUTO VIDA NOVA RECEBE DO GOVERNO DE SÃO PAULO O SELO PAULISTA DA DIVERSIDADE
O Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, realiza hoje, a segunda edição de 2022 do Selo Paulista da Diversidade. O evento tem como principal objetivo reconhecer organizações públicas, privadas e da sociedade civil que desenvolvem ou se comprometem a desenvolver boas práticas de promoção e valorização da diversidade de gênero, raça, orientação sexual, com ações para pessoas imigrantes ou em situação de refúgio, pessoa idosa, pessoa com deficiência, pessoas com HIV/Aids, entre outros grupos. No total, 36 organizações receberam o selo em categoria adesão entre elas, o Instituto Vida Nova.
“É honroso representar o Instituto Vida Nova, ser premiado por executar projetos voltando a diversidade, vai além do prêmio em si, é uma certeza que todo trabalho árduo está fazendo sentindo.... Estar presente nesse espaço público com um evento voltado a diversidade, me transmite alegria e esperança de um futuro melhor. Parabéns Instituto Vida Nova....” Kamilla Joy
Evento aconteceu na tarde de quarta-feira (23) e certificou organizações que implementam boas práticas que valorizam a diversidade e inclusão.
O Instituto Vida Nova recebeu o Selo Paulista da Diversidade na categoria Adesão; para organizações que estão em fase de planejamento e implementação de sua política de Diversidade. Na cerimônia de entrega subiram ao palco para a receber a premiação, Jorge Eduardo – Presidente do Instituto Vida Nova juntamente com as educadoras Kamilla Joy, Nathy Kaspper e Soraya Conceição educadoras do Instituto Vida Nova representando a comunidade de pessoas transgêneros que se beneficiaram dos projetos TransPrevenção, Close Certo, Se Joga Na Conversa e Jovem Gay.
PROJETO DE AÇÃO COMUNITÁRIA SURPREENDE PROFISSIONAIS DE SAÚDE DE GUARULHOS
MOVIMENTOS SOCIAIS SE UNEM PELA BANCADA FEMINISTA
Centenas de pessoas estiveram no grande ato de lançamento da pré-candidatura de feministas negras da Bancada Feminista para a Assembleia Legislativa de São Paulo - Alesp, com participações especiais de lideranças e movimentos sociais. Ao som de canto e violão, poesia, bloco afro, entre outras expressões artísticas, na tarde deste sábado (09), aconteceu o lançamento de pré candidatura no espaço Nave Coletiva no Cambuci. Para além da mobilização com diversos movimentos sociais, a bancada feminista visa conversar com a classe trabalhadora religiosa, irá defender mulheres evangélica, para que juntas tirem os votos fundamentalistas. Representação indígena, movimentos sociais de vários municípios favoráveis ao feminismo popular antifascismo e socialista, estão alinhados por uma política representativa, inclusive HIV/AIDS, tendo o Mopaids e Rede de pessoas vivendo com HIV como referência para as políticas públicas de saúde. Afirma que estará na luta contra todas as opressões.
Guilherme Boulos esteve presente e com total apoio a bancada feminista, "É necessário derrotar o bolsanarismo e tucanistão, será preciso ter gente nossa na câmara dos Deputados do Estado para eleger a maior bancada de esquerda da história do Brasil, pra ocupar Brasília e na Assembleia Legislativa eleger uma bancada incrível, grande, representativa do PSOL, vamos caminhar juntos" Afirma Boulos.
É NECESSÁRIO ECOAR ESSE DESCASO
Os Membros da Frente Parlamentar de Controle de ISTs/ HIV/Aids e Tuberculose, (FPHT) se mobilizaram nesta sexta-feira (24/06) para mobilizar estratégias de cooperação técnica entre Secretarias de Saúde e Assistência Social. Representantes da sociedade civil ficaram indignados pela ausência da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, (SMADS). Tendo como base de discussão o Acordo de Cooperação Técnica Nº 60/2021 entre O Ministério da Cidadania, representado pela Secretaria Especial do Desenvolvimento Social, e o Ministério da Saúde, por objeto em estabelecer a mútua cooperação técnica para a conjugação de esforços na articulação entre o Sistema Único de Saúde e Sistema Único de Assistência Social (SUS/SUAS).
SE JOGA NA CONVERSA - PESSOAS TRANS E TRAVESTIS SE JOGARAM NA TERCEIRA TURMA DO COLETIVO.
Essa nova turma se destaca das anteriores em relação a faixa etária, com pessoas jovens e adultas acima dos 40 anos de idade. Quando se diz que a expectativa de vida das pessoas trans e travestis está em média dos 35 anos, o que se percebe é que esta estimativa nas atividades do Instituto Vida Nova não se aplica, assim como este cenário está mudando; contudo os índices de violência e mortes desta população ainda são grandes.
Sob a coordenação de Américo Nunes e da técnica Kamilla Joy, o Coletivo Se Joga Na Conversa no primeiro dia as/os participantes conheceram as dependências e demais técnicos do Instituto Vida Nova, após se jogaram na conversa debatendo temas sobre vivências, autoestima, visibilidade positiva e autocuidado.
Entre as vivências com histórias em comuns das pessoas trans/travestis o coletivo despertou o interesse por temas transversais sobre Prostituição e Empregabilidade.
“A cada nova turma a intenção é a mesma, construir um espaço acolhedor e de trocas, essa turma está bem mesclada e acredito que o resultado será maravilhoso, pois metade representa a voz da experiência, mulheres transexuais na faixa etária de 40 a 46 anos que passaram por muitas coisas, pagaram um alto preço por assumir quem são, e a outra metade a voz da juventude faixa etária de 17 a 30 anos, uma visão de aprendizado, um olhar de esperança por dias melhores; meninas transexuais que estão trabalhando , estudando, realidade essa que para as mais experientes era algo distante e impossível.
NÃO IMPORTA COM QUEM VOCÊ NAMORA, O QUE IMPORTA É A PREVENÇÃO!
Esse foi o slogan utilizado para a ação do Dias dos Namorados realizada pela equipe de prevenção do Instituto Vida Nova; nesta quinta-feira (09) na Estação de Suzano da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Os transeuntes da CPTM receberam Kits de prevenção, kits de beleza e um pirulito para adoçar o paladar e simbolizar o tão esperado dia do amor.
A ação preventiva das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) vai muito além do simples incentivo ao autocuidado com a saúde. Ela tem benefícios que afetam a vida e produtividade das pessoas e, principalmente, contribuem para os objetivos estratégicos do Instituto Vida Nova para minimizar a pandemia da Aids. Utilizando da premissa do Dia dos Namorados, foi causar um estado de alerta nas pessoas e chamar a responsabilidade que cada um tem a reverência de ter uma vida sexual ativa de forma protegida com conhecimento sobre as novas formas de prevenção do HIV, foi o que a equipe de agentes de prevenção causou.
O conceito prevencionista teve sua semente plantada em centenas de pessoas que passaram pela estação e foram orientadas e que essa orientação seja semente e germine para uma vida saudável sem doenças; esse é o maior objetivo da equipe.
A cada dia, novos casos de HIV e ISTs surgem no Brasil; a preocupação da equipe é o ano todo. Em razão disso a equipe desenvolve diversas ações de conscientização, realizam palestras, rodas de conversas, distribuem preservativos, gel lubrificantes e autoteste para HIV e mensalmente se capacitam para a melhoria da qualidade do trabalho e atualizar as novidades em prevenção das ISTs, Tuberculose e assistência às pessoas com HIV.
Saúde e prevenção das ISTS no Reinado de Momo
O carnaval é um “espetáculo” sempre aguardado por milhares de pessoas no mundo todo, mas para o brasileiro o evento tem um sabor diferente e 2022 virá carregado de emoções, transformações e o tão esperado grito de alegria:
“É CARNAVAL! A PASSARELA DO SAMBA É NOSSA, ARREPIA!”
Esse grito proferido pelo interlocutor da passarela do samba no Anhembi, entalado na garganta desde 2020 por conta da pandemia da covid-19, também arrefeceu o enfretamento do HIV. Muitos dos anúncios na TV e no rádio são sobre saúde mental, covid-19 e câncer, e ignoram o HIV/Aids e não se concentram realmente nisso, não há muita conscientização ou educação sobre as ISTs/HIV. Segundo uma pesquisa de 2020, cerca de 6 em cada 10 pessoas relataram não ter ouvido nada sobre o HIV nos últimos seis meses.
A prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) no pré-carnaval e durante tem preocupado o Instituto Vida Nova assim como as secretarias de saúde, para um esforço mútuo com ações de prevenção às ISTs/HIV.
As ações acontecem nos ensaios de algumas escolas de sambas e blocos. Mas ainda há muitas agremiações que não têm essa preocupação.
Daí a importância de ampliar ações de promoção e saúde não só durante o reinado de momo.
Camisinha – oferta e demanda necessária na região do Alto Tietê
A aids, pela forma incurável da doença, é um importante desafio para a Saúde Pública, nesse cenário, a prevenção se destaca como estratégia fundamental para o enfrentamento da epidemia. A camisinha continua sendo uma das estratégias no campo da prevenção.
A oferta “gratuita” da camisinha (externa/interna) em larga escala fez parte de ações preventivas do projeto Educação Em Saúde e Controle Social realizado pelo Instituto Vida Nova.
Conhecido como Bráulio (display) na tarde desta quarta-feira foi instalado nas Estações da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos - CPTM Calmon Viana e Suzano. Segundo Américo Nunes, idealizador do projeto a população da região do alto tietê irá se beneficiar com essa inciativa monitorada semanalmente por agentes de prevenção Marynara Mondress, Soraya conceição e Antônio Carlos.
Para o transeunte Gil “Essa ação é muito importante, principalmente para as pessoas que não tem dinheiro para comprar a camisinha e muito importante para manter a saúde”.
A tendência desse projeto é que se amplie por diversos locais de grandes fluxos de pessoas é também uma questão de fácil acesso e considerando a crise econômica o desemprego, favorece também as pessoas que não poderiam arcar financeiramente com esses insumos para a promoção da saúde. Essa é uma questão fundamental para as respostas frente a epidemia da aids.
“E importante sim a dispensação de insumos de prevenção no alto Tietê. Percebemos que nessas cidades o assunto prevenção e sexo ainda é tabu e essa ação acaba trazendo o assunto prevenção para a população desses municípios com liberdade de expressão e respeito que o assunto merece”. Afirma Marynara Mondress.
“A importante parceria e serviço de utilidade público da CPTM possibilitou a implantação do Bráulio em quatro estações, Cecap – Aeroporto – Calmon Viana e Suzano. Para mim cada vez mais são perceptíveis a importância e a expansão do Projeto Educação em Saúde e Controle Social. Sinto me honrada de poder estar levando prevenção e promoção de saúde para a população e estar contribuindo direta e indiretamente pra muitas pessoas a se cuidarem”. Disse Soraya Conceição.
Acima - Serviços da região Sudeste SAEs - Ceci, Vila Prudente, Betinho, Penha e Ipiranga.
Abaixo - SAEs - Líder II, Fidélis Ribeiro e São Mateus.
Instituto Vida Nova inicia ciclo de cursos gratuito de Barbearia para homens trans, manicure/pedicure e maquiagem profissional e artística população geral.
Nesta semana inicia o ciclo de cursos com duração de três meses.
A proposta vida criar oportunidade de autonomia profissional e sustentabilidade financeiras nas áreas de beleza com aprendizado na prática.
Capacitar essas pessoas vai ajudar a inseri-las no mercado de trabalho e a quebrarem ciclos de vulnerabilidades e discriminação.
Em parceria voluntária com as profissionais Nathalia Santana e Susy Caginks os cursos iniciam nesta semana sempre as segundas-feiras e terças feiras. Ao todo 42 pessoas se inscreveram ao final dos cursos receberam certificado de conclusão.
“Grande parte dos profissionais, que trabalham nessas áreas, desenvolvem as atividades de maneira informal e improvisada. Essa realidade evidencia nosso incentivo, investimento e qualificação profissional”, pontua Jorge Eduardo – Presidente do Instituto Vida Nova
“Nossa missão é o desenvolvimento humano para que as pessoas sejam protagonistas de suas histórias e não sejam dependentes de benefícios”. Afirma Américo Nunes – Diretor do Instituto Vida Nova.
17/03/2022
Muito prazer, sou o Bráulio
Desde o início da epidemia de aids, a camisinha tem sido uma das a principais estratégias de prevenção das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
A respeito do uso da camisinha como método de prevenção de HIV/Aids na cidade de Guarulhos, o acesso aos serviços de prevenção e assistências às pessoas com HIV/Aids; são um dos objetivos do projeto Educação Em Saúde e Controle Social idealizado e realizado pelo Instituto Vida Nova com financiamento da Coordenação Estadual de IST/aids e apoio do Programa IST/Aids e Hepatites Virais - Departamento de Vigilância em Saúde e Coordenadoria de IST/Aids da Cidade de São Paulo.
“Muito prazer eu sou o Bráulio”, ou seja, o nome carinhoso dado ao display dispensador de camisinhas em larga escala nas estações de trem CECAP e Aeroporto da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos - CPTM. Essa é mais uma das 31 parcerias de oferta de insumos do projeto, que é pioneiro na cidade com ações diferenciadas produzidas por Agentes de Prevenção Celso Marinacci, Soraya Conceição e Antônio Carlos. “A parceria com a CPTM é um marco importante considerando o número de pessoas que utilizam esse meio de transporte que poderão acessar esses insumos de forma gratuita e sem serem importunadas com perguntas indesejadas, essa é a nossa proposta” afirma Soraya conceição.
Do primeiro diagnóstico na década de 1980 até 30 de junho de 2020, Guarulhos registrou na Base Integrada Paulista de Aids (Bipaids) 6.428 notificações de casos de AIDS, 2,3% do total de casos registrados no Estado de São Paulo. A taxa de incidência é de 11,3 casos para cada 100.000 habitantes (2019), sendo a 5ª cidade do Estado em número de casos (Fonte: PEDST/AIDS-SP, Boletim Epidemiológico, 2020).
Projeto Close Certo chega ao fim com a missão de fomentar novas iniciativas de empoderamento para pessoas trans e travestis
Com um auditório lotado de formadas, chegou ao fim o Projeto Close Certo, do Instituto Vida Nova. A iniciativa nasceu com o objetivo de fortalecer pessoas trans e travestis com a oferta de atividades socioeducativas e promoção de saúde. A ideia, segundo o ativista Américo Nunes Neto, fundador do Vida Nova, era dar visibilidade às potencialidades, combatendo os estigmas e a transfobia. “Atingimos todas as metas. 66 pessoas trans participaram do curso socioeducativo, 38 do curso de informática, tivemos 385 inscrições, acessamos 270 pessoas, atingimos diretamente 171 e conseguimos vincular 104 mulheres e homens transexuais e travestis. Estes números provam que essa população quer acessar as políticas públicas, basta fomentar.”
Américo e outros representantes da sociedade civil e do governo participaram nessa terça-feira (21), em São Paulo, do seminário Close Certo. O militante destacou que o projeto aconteceu nos últimos 12 meses, em meio a pandemia de Covid-19. “Ajustamos as nossas atividades e as meninas puderam assistir parte das aulas online, exceto o curso de informática e as oficinas de cabelo e maquiagem. Nossas educadoras são pessoas trans e a linguagem entre pares fez toda diferença. Ficamos felizes que as participantes entenderam o conceito básico de cidadania, com direitos e deveres. Elas criaram um vínculo tão forte com o Instituto Vida Nova, que já pensam em fazer trabalho voluntário. Nossa equipe se empenhou em transmitir as alunas o conhecimento sobre os serviços de saúde e proteção. Também apresentamos as instâncias de controle social, como o Movimento Paulistano de Luta Contra a Aids e a Câmara Municipal de Vereadores de São Paulo.”
Controle Social
O presidente do Fórum de ONGs/Aids do Estado de São Paulo, Rodrigo Pinheiro, também esteve no evento e participou da mesa Amanda Marfree, sobre Controle Social. O ativista disse que considera de fundamental importância projetos como o Close Certo, destacando o trabalho de inclusão social e a oportunidade de inserção no mercado de trabalho para transexuais e travestis.
Lembrando do recente episódio envolvendo a covereadora Carolina Iara na Câmara Municipal de São Paulo, que sofreu transfobia por parte da vereadora Sonaira Fernandes, Rodrigo aproveitou o debate para repudiar o ato violento. “É preciso que haja uma manifestação do movimento de transexuais e travestis contra esta discriminação acontecida dentro da Câmara dos Vereadores, na Casa do Povo. Precisamos criar um grupo de trabalho dentro da Frente Parlamentar Municipal para podermos pautar e dar mais visibilidade ao tema”, explicou.
Rodrigo e Américo explicaram para as formandas que o controle social pressupõe a efetiva participação da sociedade, não só na fiscalização da aplicação dos recursos públicos como também na formulação e no acompanhamento da implementação de políticas. “Vocês aprenderam no curso que um controle social ativo e pulsante permite uma maior participação cidadã, o que contribui para a consolidação da democracia em nosso país”, destacou Américo. “A política de HIV/aids no Brasil foi construída com a participação da sociedade civil, fiscalizando e denunciando o tempo todo”, acrescentou Rodrigo.
Políticas de saúde para pessoas trans e travestis
Representando o Programa Estadual de IST/Aids de São Paulo, Ivone de Paula, falou sobre a proposta de Saúde Integral para travestis, pessoas trans e/ou com variabilidade de gênero. Ao apresentar a linha do tempo, Ivone lembrou que “o Ambulatório de Saúde Integral para Travestis e transexuais nasceu em 2009, no CRT, com o objetivo de capacitação de profissionais de saúde e gestão da fila de procedimentos cirúrgicos. Em 2013, foi criada a portaria nº 2.803 – que institui a linha de cuidado e o atendimento ambulatorial e prevê pagamento para hormonização, consultas e procedimento cirúrgico. Neste mesmo ano surgiu o Comitê Técnico de Saúde Integral da população LGBT+. Em 2014, foi instituído o Grupo Técnico Bipartite e, em 2020, foram criadas em São Paulo metas e ações no plano Estadual de Saúde.”
Ivone destacou ainda que o acesso aos procedimentos cirúrgicos é realizado através do portal da CROSS, com fila única sob a gestão do CRT-DST/Aids, estruturado a partir da relação de interesse na realização de procedimentos cirúrgicos (preenchimento de cadastro enviado pelo CRT) e a fila das pessoas que cumpriram todos os critérios para realização das cirurgias conforme definição da portaria 2.803 e resolução Conselho Federal de Medicina. “No CRT trabalhamos sempre para apoiar os municípios a implantar as linhas de cuidado para essa população, com capacitação para gestores e equipes dos serviços, matriciamento para os serviços implantados e em implantação, aquisição e distribuição de hormônios femininos e masculino, apoio para o processo de credenciamento e habilitação na portaria do processo transexualizador gestão e acesso aos procedimentos cirúrgicos de afirmação de gênero, entre outros.”
Representando a Coordenadoria Municipal de IST/Aids de São Paulo, o articulador com a sociedade civil, Marcus Blum, participou da discussão sobre controle social e falou sobre a importância do protagonismo. “A gente se coloca como cidadãos e cidadãs e assim devemos ser tratados. Me chamou atenção a fala de uma das formandas, a Bianca D’ Castro. Ela disse que não importa onde ela mora, não importa aonde ela está, ela leva conhecimento para os que lá estão. Controle social é isso, é falar para o gestor o que a população que eu represento precisa, é cobrar de todas as instâncias de poder para que a nossa população seja ouvida. A resposta à aids no Brasil se deu pelo terceiro setor. Este curso foi muito importante para empoderar essas pessoas e mostrar os caminhos.”
Do Centro de Cidadania LGBT Laura Vermont, Luiz Fernando Uchoa, elogiou a iniciativa e disse que o Centro participou ativamente do Close Certo. “Cidadania não é só direito, é também os deveres. Valorizar os saberes da população trans é direitos humanos. Quero a minha população na universidade.”
Do Mopaids, Walter Mastelaro lembrou que o nome social é um direito. “As pessoas não entendem, acham que é apelido. Todos os dias a gente luta pela garantia de direitos, por isso, temos que continuar cobrando todas as instâncias de poder. Sou um homem cis, mas me ofereço como aliado deste movimento social.”
Representante do Movimento Aids no Conselho Municipal de Saúde, Patrícia Peres contou que o Conselho Municipal é composto apenas por pessoas cisgênero. “Está na hora da população trans ocupar as cadeiras.
Comunicação
Entre uma apresentação cultural e outra aconteceu ainda uma discussão sobre a importância da comunicação no empoderamento das pessoas trans e travestis e no avanço de políticas públicas para essa população. A coordenadora editorial da Agência Aids, Talita Martins, participou do debate e disse que a história de cada uma delas ajuda a huminizar a pauta. “Na Agência Aids não brigamos com as notícias. Se o assunto é Covid, tentamos pensar em uma abordagem a partir do HIV.”
O coordenador da Casa Florescer, Alberto Silva, lembrou que nem sempre a imprensa está aberta para informar a realidade das pessoas trans. “Já me procuraram para uma pauta de entretenimento patra TV e quando indiquei uma persongem pediram para que ela mudasse até o cabelo. Isso é um absurdo. Lá na casa as meninas sempre são as protagonistas. Quando a imprensa nos procura faço questão que elas contem suas histórias.”
O debate chegou ao fim com a apresentação artística da formanda Marcela Barone, ela interpretou a música Fera Ferida, de Maria Bethânia. As formandas aproveitaram a deixa e pediram ao Vida Nova a criação de novos projetos de fomento de políticas públicas para pessoas trans e travestis.
O Close Certo é uma iniciativa do Vida Nova em parceria com a Unesco e o Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde.
Redação da Agência de Notícias da Aids
Criação da Frente Parlamentar é esperança para assistência humanizada e qualificada em São Paulo
O lançamento da Frente Parlamentar é um grande avanço para o movimento social paulistano de luta contra o HIV/Aids e tuberculose por inserir o controle dessas doenças na pauta dos parlamentares. Ainda temos um longo caminho a percorrer, mesmo por ter avançado muito no combate ao HIV/Tuberculose.
A política de IST/aids na cidade de São Paulo está falha. Os serviços de aids estão sucateados com a falta de profissionais administrativos, de equipe multidisciplinar, com espaços físicos inadequados.
A assistência às pessoas com HIV tornou-se secundária. O foco está na prevenção das IST, isso não é menos importante, mas as pessoas com HIV/aids com várias necessidades clinicas não estão sendo assistidas da maneira que deveriam ser.
Instituto Vida Nova iniciará novo projeto para jovens.
Jovem Gay + PVHA Vida Nova, este é o título do mais novo projeto do Instituto Vida Nova. Aprovado entre 120 concorrentes pelo 8° Edital do Fundo Posithivo divulgado dia sexta feira (11).
O projeto tem por objetivo a construção de espaços para fomentar e discutir entre jovens gays informações sobre a Prevenção Combina do HIV, Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e Hepatites Virais e cuidados preventivos a Covid-19, bem como e prestar suporte psicossocial para pessoas com HIV/Aids, visando minimizar os danos causados pelas pandemias nas periferias e regiões metropolitana da cidade de São Paulo.
O Fundo Positivo divulga os 15 projetos escolhidos através do 8º edital de seleção pública de 2021, com ações de Organizações da Sociedade Civil voltadas para prevenção à violência doméstica da mulher, apoio à saúde da população idosa, autocuidado/saúde mental e atividades de prevenção e cuidados em HIV/Aids.
No total, o Fundo Positivo recebeu a inscrição de 120 projetos, de vários estados brasileiros. Este ano o tema definido foi “Sensibilização Comportamental e Saúde Digital: Prevenção e Cuidados no Campo das IST’S/HIV/AIDS, Saúde Sexual Reprodutiva”.
Ao lançar o 8º edital de seleção pública, o Fundo Positivo teve como propósito beneficiar, através das Organizações da Sociedade Civil, a população LGBTQI+, jovens, mulheres, negros, idosos e população em situação de rua, com ações relacionadas ao enfrentamento de HIV/Aids, saúde mental, apoio psicossocial.
Segundo Harley Henriques, coordenador geral do Fundo Positivo, os projetos selecionados serão executados neste ano. Para Henriques, as ações vão contemplar temas de grande relevância em um momento tão delicado que a sociedade vive atualmente, causado pela pandemia de COVID-19.
“Assim como 2020, o ano de 2021 é igualmente desafiador. As diversas situações de vulnerabilidade que nos deparamos, como a do morador em situação de rua que vive com HIV/Aids, idosos LGBTQI+ e mulheres vítimas de violência doméstica, precisam ser amparadas. E mais uma vez o Fundo Positivo vai contribuir com as Organizações da Sociedade Civil que atendem essas pessoas”, afirma Henriques.
Margareth Goldenberg, CEO na Goldenberg Diversidade, uma das participantes do comitê de seleção de projetos, conta que essa foi uma oportunidade de conhecer iniciativas de todas as regiões do país.
“Colaborar como parte do comitê foi prazeroso, tive a chance de conhecer iniciativas de todas as regiões do Brasil, com trabalhos muito interessantes de prevenção da área de saúde, de empoderamento feminino, educação, com públicos muito vulneráveis. Uma oportunidade de indicar iniciativas que podem se potencializar com o apoio do Fundo Positivo e se transformar em iniciativas até mais poderosas, que impactem mais e mais pessoas com menos oportunidade”, diz Margareth.
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Estigma enfrentado por transexuais ocasiona adoecimento mental e exclusão social
Estudo aponta que experiências de perseguição, assédio, violência, discriminação e rejeição deixam população travesti e transexual mais vulnerável ao autoextermínio
Por ALEX BESSAS - 04/02/21
“Nossa principal demanda hoje é viver, apesar da violência, a segunda é sobreviver, apesar da marginalização e da exclusão social”, diz Keila Simpson, presidente da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra)
No país que se mantém, desde 2008, na liderança entre os que mais matam travestis e transexuais no mundo – segundo a organização não governamental Trangender Europe (TGEU), que monitora estatísticas de 71 nações –, Michele Almeida entrou para as estatísticas. Na última sexta-feira, 29, ela foi encontrada sem vida às margens da avenida Tereza Cristina, no bairro Vila São Paulo, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. E, não bastasse a dor da perda e a brutalidade da morte, a sua família ainda precisou passar por constrangimentos que evidenciam a resistência da sociedade em reconhecer identidades que escapam ao padrão cis gênero. De acordo com parentes, o Instituto Médico-Legal (IML), mesmo após ter sido feito o reconhecimento da vítima, demorou a autorizar a liberação do corpo e acrescentou camadas de burocracia ao processo por se tratar de “um corpo de homem e com documentos de mulher”.
Longe de ser uma exceção, a história de Michele revela uma realidade de constante luta contra o apagamento, simbólico e concreto, de identidades travestis e transexuais. Entre casos de homicídios tentados e consumados em Minas Gerais entre 2016 e 2018 envolvendo essa população, o nome social foi ignorado em 62% e a identidade de gênero em 48% das vítimas, conforme dados do Registro de Homicídios Envolvendo LGBTs no Estado de Minas Gerais, elaborado pelo Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania LGBT da UFMG (NUH) em parceria com o Ministério Público de Minas Gerais, por meio do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Direitos Humanos (CAODH). Portanto, a busca por reconhecimento, na maioria das vezes, precisou ser feita mesmo depois da morte.
Essa persistente invisibilização deixa cicatrizes. “O não reconhecimento das identidades travestis e trans e o estigma social que esse grupo recebe ocasionam adoecimento psíquico, marginalização e exclusão social”, examina a psicóloga clínica e social Dalcira Ferrão. “De fato, o adoecimento é decorrente da transfobia sociocultural, da ausência de políticas públicas emancipatórias e das inúmeras violências em relação a essa população”, conclui.
Autoextermínio. As observações de Dalcira, que é conselheira federal de psicologia, encontram respaldo em dados apontados por recentes estudos que se debruçaram sobre a experiência desse grupo de pessoas. São pesquisas que permitem verificar que travestis e transexuais estão, atualmente, mais vulneráveis ao autoextermínio. A organização não governamental norte-americana National Gay and Lesbian Task Force, em consonância com um levantamento do Instituto Williams, da Universidade da Califórnia em Los Angeles, publicada em 2014, assinala que 41% das pessoas trans dos Estados Unidos já tentaram suicídio em algum momento. Considerando a população em geral, esse índice era de 4,6% à época da publicação. Entre os cis gêneros, a taxa caía para 1,2%.
Os dados são ainda mais alarmantes quando alguns fatores demográficos são levados em conta: “45% das tentativas de suicídio acontecem entre jovens de 18 a 24 anos; 54%, entre pessoas que se declaram multirraciais. Ainda de acordo com o estudo, entre as principais motivações para tentativa de suicídio, além da condição mental, estão as experiências de perseguição, assédio, violência, discriminação e rejeição, fatores que, juntos, levam o indivíduo a um estado de maior vulnerabilidade”, detalha o dossiê “A Geografia dos Corpos das pessoas Trans”, divulgado em 2017 pela Rede Trans Brasil.
Falta acesso. Agrava o já problemático cenário o fato de, no Brasil, o acesso à saúde integral para travestis e transexuais ainda ser um desafio, mesmo no Sistema Único de Saúde (SUS), admite Dalcira. “A rede pública de saúde mental conta com serviços destinados à população em geral, mas que nem sempre conta com profissionais qualificados para o atendimento a essa população”, avalia, lembrando que o não acolhimento do uso do nome social permanece sendo um entrave para a garantia da assistência a essas pessoas, apesar de já existir legislação sobre o tema desde 2009.
Como resposta às barreiras encontradas nos programas de suporte à população em geral, foram instaladas unidades de saúde integral específicas para o atendimento dessa população. Com esse propósito, funcionam em Belo Horizonte o Ambulatório Trans Anyky Lima, situado no Hospital Eduardo de Menezes, e o Ambulatório Trans para Adolescentes João Paulo II. “Mas (essas instituições) ainda não conseguem contemplar toda a demanda de atendimento da cidade e até mesmo do Estado”, sublinha a psicóloga.
Pandemia afetou suporte a travestis e transexuais
Agora, a pandemia da Covid-19, que sufoca a rede pública e privada de saúde, fragiliza também a assistência a travestis e transexuais, como avalia Keila Simpson, atual presidente da Antra. “Com o acirramento dessa crise sanitária, ficou ainda mais difícil para nós ter atendimento”, pontua, lembrando que esta já era uma realidade para a comunidade que ela representa.
“A gente já não tinha capilaridade em nível nacional de hospitais prontos para o acompanhamento de terapias hormonais e para a realização de cirurgias de redesignação sexual. Para se ter uma ideia, em alguns locais, chegamos a enfrentar filas que duram até 20 anos para fazer esses procedimentos.
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Pessoas que vivem com HIV podem e devem tomar a vacina contra covid-19... - Veja mais em https://www.uol.com.br/vivabem/colunas/rico-vasconcelos/2021/01/08/pessoas-que-vivem-com-hiv-podem-e-devem-tomar-a-vacina-contra-covid-19.htm?cmpid=copiaecola
SUS terá novas tecnologias para diagnóstico e tratamento da tuberculose
Medida possibilitará mais agilidade e qualidade no diagnóstico e tratamento da doença; Ministério da Saúde centralizará aquisição das tecnologias
A incorporação de três novas tecnologias importantes para o diagnóstico e o tratamento da tuberculose foi aprovada durante a 89º reunião da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) – ocorrida nos dias 5 e 6 de agosto. A medida foi demandada pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde.
A aquisição ficará centralizada no Ministério da Saúde, e a sua incorporação no SUS trará benefícios às pessoas com tuberculose, agilizando o diagnóstico e otimizando os esquemas terapêuticos.
Na área de diagnóstico, houve a incorporação da cultura e teste de sensibilidade aos antimicrobianos, em meio líquido automatizado, para diagnóstico da tuberculose – o que possibilitará a ampliação do acesso aos testes em todo o país, de forma padronizada, constituindo uma estratégia importante para o controle da doença.
Em relação ao tratamento, os medicamentos Delamanida e Bedaquilina foram incorporados para atendimento dos casos em que os pacientes apresentam resistência ou intolerância ao tratamento já disponível.
De acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), a Delamanida faz parte do grupo de medicamentos que deve ser utilizado quando todos os outros fármacos disponíveis não puderem mais ser usados.
Aids 2020: Covid-19 e racismo são destaques na abertura da 23ª Conferência Internacional de Aids
Foi dada a largada à 23ª Conferência Internacional de Aids. Esta é a primeira edição virtual da maior conferência do mundo sobre HIV que nesta edição começa com foco nos vínculos entre o HIV e a pandemia de Covid-19, além de destacar a importância do debate global a respeito do racismo. Delegados de 175 países estão participando da conferência, originalmente marcada para acontecer em Oakland e San Francisco, nos Estados Unidos.
“Estes são tempos marcantes e decisivos para o movimento do HIV no mundo”, disse o presidente da International Aids Society e da Aids 2020. “Todas as conversas que temos agora estão na confluência da pandemia da Covid-19 e em um novo acerto de contas global com o racismo sistêmico”.
A conferência de imprensa de abertura contou com o diretor executivo do Programa Conjuntos das Nações Unidas Sobre HIV/aids (Unaids), Winnie Byanyima, o diretor geral da Organização Mundial de Saúde, Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, e evidências de dois estudos que examinaram a ligação entre as pandemias do HIV e do Covid-19.
Byanyima apresentou os resultados da Atualização Global sobre Aids do Unaids 2020, lançada na abertura. O relatório, intitulado Aproveitando o Momento: Combater as Desigualdades Arraigadas para Acabar com as Epidemias, inclui um capítulo especial que descreve os possíveis impactos que a pandemia de Covid-19 poderia ter em países de baixa e média renda nos suprimentos deantirretrovirair usados no tratamento para o HIV .
“Mesmo antes do início da Covid-19, o novo Relatório Global do Unaids mostra que o mundo não estava no caminho de alcançar seu objetivo de acabar com a aids como uma ameaça à saúde pública até 2030”, disse Byanyima. “Não podemos deixar de lado o HIV. Precisamos dobrar e aumentar nossos esforços para responsabilizar governos e formuladores de políticas. As epidemias acontecem na linha de falha das desigualdades e podemos e devemos fechar as lacunas”.
O Dr. Tedros compartilhou os resultados de uma nova pesquisa da OMS que mostra interrupções significativas no acesso ao tratamento do HIV por causa da pandemia.
“Os resultados desta pesquisa são profundamente preocupantes”, afirmou. “Os países e seus parceiros de desenvolvimento devem fazer todo o possível para garantir que as pessoas que precisam de tratamento contra o HIV continuem acessando. Não podemos permitir que a pandemia desfaça os ganhos conquistados na resposta global a aids”.
Os autores de dois estudos lançados na Aids 2020: Virtual também compartilharam descobertas relacionadas à interseção de Covid-19 e HIV.
Interrupções na PrEP e impacto da Covid-19 na prevenção do HIV
Pesquisadores de um centro de saúde comunitário em Boston, especializado em saúde sexual, descobriram que a pandemia está associada a grandes interrupções no tratamento da PrEP, especialmente entre subpopulações vulneráveis.
Apesar do alto uso de telessaúde, o estudo constatou que as iniciações de PrEP diminuíram 72% de janeiro a abril e os lapsos de recarga aumentaram 278%. Esses lapsos nas recargas da PrEP foram associados a menores de 27 anos e população latina.
Além disso, os testes para HIV, gonorréia e clamídia diminuíram 85%, enquanto as taxas de positividade para gonorréia e clamídia aumentaram.
Douglas Krakower, do Beth Israel Deaconess Medical Center, pediu novos estudos para entender se as mudanças nos cuidados com a PrEP refletem a diminuição do risco sexual ou as barreiras à saúde ideal.
“Está claro a partir desta evidência que os desafios do HIV e da Covid-19 estão ligados, assim como a resposta global”, disse o Dr. Pozniak. “Ainda não sabemos a extensão do risco aumentado que a Covid-19 representa para as pessoas que vivem com HIV, mas sabemos que os esforços de distanciamento social e os bloqueios do governo interromperam os esforços de prevenção e tratamento do HIV, bem como suspenderam a pesquisa vital sobre o HIV. ”
O IAS também irá lançar em breve um novo relatório intitulado: Covid-19 e HIV: Um Relato Sobre Duas Pandemias. Observando interrupções generalizadas nos serviços, o relatório analisa como a Covid-19 está afetando a resposta global ao HIV e fornece dois conjuntos de recomendações para decisores políticos, provedores de assistência médica, pesquisadores, cientistas, profissionais de saúde, comunidades e financiadores.
O primeiro conjunto de recomendações aborda a prestação de serviços de HIV no contexto da Covid-19, incluindo a redução da duração das visitas de cuidados de saúde e quantidade de medicamentos distruídos a cada entrega. O segundo conjunto de recomendações aborda lições da pandemia de HIV que podem informar a resposta do Covid-19 – incluindo abordar questões de justiça social no sistema de saúde e abordar proativamente o estigma.
Para acompanhar a programação da Aids 2020, clique aqui.
Coronavírus: Brasil tem 16.238 casos confirmados e 823 vítimas fatais
247 - As secretarias estaduais de Saúde do Brasil divulgaram, até as 7h desta quinta-feira (9), cerca de 16.238 casos confirmados de contágio da Covid-19 no Brasil, com 823 mortes pela doença. A informação é do portal G1.
O balanço anterior do Ministério da Saúde, divulgado na tarde da última quarta-feira (8), apontava 15.927 casos confirmados e 800 mortes.
O secretário da Saúde de São Paulo, José Henrique Germann, admitiu que existe subnotificação de casos leves no estado que, conta com mais de 6.700 infectados pelo novo coronavírus. 9 de abril de 2020, 08:57 h – (Foto: Reprodução)
Estímulo ao preconceito": como soropositivos reagiram à fala de Bolsonaro.
O presidente Jair Bolsonaro disse hoje, durante conversa com a imprensa em Brasília, que uma pessoa portadora de HIV é "despesa para todos no Brasil". "O Alexandre Garcia [ex-jornalista e apresentador da Globo] comentou que a esposa dele, que é obstetra, atendeu uma mulher que teve primeiro filho aos 12 anos, o segundo aos 15 e no terceiro já estava com HIV. Uma pessoa com HIV, além de ter um problema sério para ela, é uma despesa para todos aqui no Brasil", disse Bolsonaro.
A declaração aconteceu quando o presidente foi questionado sobre cortes de verba em políticas públicas para mulheres e respondeu elogiando a campanha de abstinência sexual anunciada pela ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves. "A Damares está sendo 10 nessa questão, ela defende mudança de comportamento necessária no Brasil", declarou, "Quando ela fala em abstinência sexual esculhambam ela. Eu tenho uma filha de 9 anos, você acha que eu quero ter uma filha grávida ano que vem? Não
O presidente continuou: "Esse comportamento que pregaram de que vale tudo, que glamoriza certos comportamentos que um chefe de família não concorda, é uma depravação total". A nova campanha do Ministério defende a iniciação sexual tardia como método de prevenção à gravidez precoce. Fonte: Do UOL, em São Paulo 05/02/2020 ...
Veja mais em https://noticias.uol.com.br/politica/ultimasnoticias/2020/02/05/bolsonaro-pessoa-com-hiv-e-despesa-para-o-pais.htm?cmpid=copiaecola
Imagem: Gabriela Biló/Estadão Conteúdo
2020: Fôlego, determinação e boas estratégias para seguir em frente!
Para 2020, eu espero que a sociedade civil organizada da comunidade de luta contra a aids possa ter fôlego e determinação Com boas estratégias para fortalecer a luta, ocupando mais espaços de tomada de decisões, incidindo mais politicamente e socialmente.
Formando opiniões para agregar mais atores e segmentos comunitários para a defesa do SUS com sua integralidade, universalidade e EQUIDADE. Espero que a sociedade possa falar sobre hiv/aids com mais naturalidade e menos estigma. Que a sexualidade possa ser vista e discutida, nas escolas e entre as pessoas de maneira natural, sem ideologias religiosas ou meias verdades.
Que nenhuma mulher, cis ou trans, se infecte por violência. E que haja respeito e decência institucional para nos acolher com nossas demandas em saúde e segurança. Bem, isso eu espero de nós, cidadãos e cidadãs.
Agora, deste des-governo que aí está, eu nada espero, pois já provaram que vieram para destruir os tijolos que juntamos com tanta luta e trabalho. Os tijolos da inclusão, da assistência e cuidados, da prevenção, da solidariedade e do respeito. Do conhecimento e das evidências científicas. No entanto, os tijolos foram estremecidos, mas os pilares estão dentro de nós. E não vamos permitir mais retrocessos.
Vamos usar as ferramentas da lei e da constituição para pressionar o cumprimento delas a favor do povo e contra nossos líderes fundamentalistas, autoritários e fascistas. Espero mais envolvimento do setor privado, como aliados financeiros e políticos. Por fim, eu espero que Bolsonaro e sua trupe saiam, ou então a gente põe eles pra fora. Aí retomamos o rumo da construção coletiva e democrática para um Brasil livre de estigma e discriminação. Inclusivo e com equidade. É hora de agir forte e certo. 2020 sem Bolsonaro e com menos HIV e mortes.
*Jacqueline Rocha Côrtes é integrante do Movimento Nacional de Cidadãs Posithivas (MNCP) e do Movimento Latino-americano e do Caribe de Mulheres Positivas (MLCM+)
Fonte Agencia de Notícias da Aids – 09/01/2020
Esse vídeo é um pedido para a Associação da Parada do Orgulho Lgbt de São Paulo!
Foi prorrogado para o início de janeiro a escolha do Tema da Parada 2020, até hoje, vinte e três edições depois, nunca o Hiv e a Aids foi tema da Parada.
Apesar do Hiv e da Aids não serem uma pauta exclusiva da comunidade LGBTQIA+, não dá para nós negarmos que ela é uma pauta prioritária.
Entendendo hoje que a Aids é o que mais mata nossa comunidade, ao menos 3.500 pessoas por ano, achamos que não há tema mais importante que esse.
Outro tema discutido nas reuniões foi a Democracia, obviamente não dá para negar a urgência de discuti-la também, por isso, sugerimos o tema “DEMOCRACIA É ACESSO! LGBT + PREVENÇÃO E TRATAMENTO PARA O HIV E A AIDS”
Vamos para a rua, vamos exercer e lutar por nossa democracia com o tema da Aids e do Hiv. Além das mortes, esse tema traz muito estigma para quem vive com hiv ou para quem vive com Aids! NOS AJUDE, COMPARTILHE, MARQUE A PARADA (@paradasp ), USE A #PARADAPELAAIDSEOHIV
Ativistas, usuários e funcionários abraçam CRT e exigem continuidade do trabalho no modelo que foi concebido e construído por todos - 19/12/2019
Organizadores e participantes consideram ato um sucesso
Muitas vozes que juntas tornaram-se mais fortes: “O Programa é nosso… o Programa é nosso… o programa é nossooooo”. “Ê, o CCD libera o Programa aê junto com o CRT.. não vai ter separação, vamos juntos nessa união”. Palavras de ordem. Um refrão improvisado dizendo não a separação. Funcionários, ex-funcionários, ativistas, usuários do serviço, lideranças, amigos, parceiros de luta contra aids. Todos se juntaram na tarde desta quinta-feira (19), em frente ao Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids, o CRT Aids, em São Paulo. Primeiro fecharam duas faixas na rua. Alguns cartazes em defesa do Sistema Único de Saúde. Outros dando o toque para que tudo fique como está. “ Não mexa com o CRT”. “Somos todos CRT”. “Não ao sucateamento da saúde pública e as terceirizações no Sistema Único de Saúde. O SUS é patrimônio do povo brasileiro”. Cada um de seu jeito tornou pública a indignação que sentem ativistas pelo fato do Centro de Controle de Doenças (CDC), órgão da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, estar analisando uma proposta para que o Programa Estadual de DST/Aids saia do CRT e faça parte do CDC.
“Estamos há quatro décadas com um serviço que é referência nacional em termos de estudo, pesquisa, tratamento e políticas de prevenção. Não podemos deixar que nenhum retrocesso aconteça”, disse Américo Nunes Neto, do Mopaids (Movimento Paulistano de Luta Contra a Aids), que junto com outros representantes ajudou a construir o ato.
“A manutenção do Programa é referência e não faz o menor sentido mudar o que está dando certo, no atual contexto do país. Diferentes organismos internacionais vieram, ainda este ano, conhecer o trabalho para se espelhar nesse modelo. Outra questão: essa proposta não foi discutida durante o ano todo e essa não é a melhor época para se discutir. Muitos já estão viajando. Se a Secretaria quer discutir isso, que faça em 2020 de maneira horizontal”, comentou Marta Mc Britton, presidente do Instituto Cultural Barong.
Sucesso de público e felizes com a articulação e resultado
O abraço simbólico no prédio onde funciona o CRT/Aids de São Paulo foi organizado às pressas e construído por muitos ativistas que dedicaram seu tempo e trocaram mensagens no WhatsApp e e-mails em um curto espaço de tempo. Por isso todos consideraram o resultado da articulação um sucesso! “Em meio ao início das festas de final de ano fizemos uma intensa mobilização que uniu usuários e trabalhadores. A separação poderá trazer consequências ruins, inclusive perdas orçamentárias que garantem a compra de medicamentos para doenças oportunistas, o que não trará nenhum benefício. Nenhuma instância foi informada. Existe um conselho gestor de usuários”, lembrou o professor Jorge Beloqui, ressaltando a importância do diálogo e construção conjunta.
“É importante que o governo saiba que estamos atentos e que ele tenha consciência de que sabemos do desmonte que querem fazer na saúde”, salientou Cleonice Ribeiro vice-presidente do Sindsaúde de São Paulo.
Fabiana Oliveira, falando em nome do Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas, considerou o saldo da mobilização positivo. “Foi um sucesso. Em uma semana nós construímos essa manifestação. O CRT é referência para o Brasil. Sua força está na unidade. Não dá para dividir.”
Flip Couto, do coletivo, AMEM, também se mostrou feliz com a capacidade de organização dos ativistas. “Estamos aqui juntos para forçar a criação e a possibilidade de diálogos entre nós, os representantes dos diversos movimentos sociais. Todos temos pautas e demandas a favor da saúde pública”.
Alisson Barreto, representando o Fórum de ONGs/Aids de São Paulo parabenizou o esforço das ongs, redes e usuários. “Estivemos aqui desde o início da tarde convidando todos a participar. Deu certo”.
Desde a semana passada a Agência Aids procura a Secretaria Estadual de Saúde, no entanto, até o momento, nenhuma explicação oficial foi disponibilizada para publicação.
Fonte - Roseli Tardelli (roseli@agenciaaids.com.br)
Crédito das fotos: Marina Pecoraro, Marco Aurélio e Roseli Tardelli
Projeto TransPrevenção para travestis e transexuais é premiado pela 16ª EXPOEPI
Pela categoria movimentos sociais que desenvolveram ações para vigilância, prevenção e controle de doenças e de agravos de interesse da saúde pública. O projeto concorreu com 30 inscrições com o relato das intervenções sociais desenvolvidas; ficando entre os três selecionados para apresentação oral que ocorreu no dia (4) quarta feira. Em cerimônia de encerramento na tarde de hoje foi premiado em segundo lugar com um prêmio de 6 mil reais. Durante a apresentação Americo Nunes - coordenador do projeto, contextualizou as rodas de conversas realizadas na residência das transexuais e travestis, também destacou resultados exitosos e da invisibilidade desta população no acesso aos serviços de saúde e assistência social. "Como diz o slogan do TransPrevenção, o caminho é a informação. Então fazemos nossa parte, levando informações sobre promoção a saúde e prevenção combinada do HIV para as meninas que vivem em extrema vulnerabilidade nos municípios do Estado de São Paulo, Itaquaquecetuba, Ferraz de Vasconcelos, São Paulo, Guarulhos e Suzano". disse Américo Nunes
A EXPOEPI reconhece e premia experiências bem-sucedidas na área da vigilância em saúde para inspirar outras iniciativas pelo país. Esta edição bateu o recorde de trabalhos inscritos: foram 1.185 projetos de todo o país. Estas experiências e trabalhos concorreram a premiações que variam de R$ 4 mil a R$ 50 mil, em três modalidades de participação, também promove capacitação técnica e troca de experiências.
"Agradeço e dedico o prêmio a nossa equipe Rapha Fini, Vanessa Zanetti, Bruna Silvério, ao Programa Estadual de DST/AIDS e em especial ao Jorge Eduardo nosso presidente". diz Américo Nunes. 06/12/2019
1º Prêmio Araújo de Ativismo e Direitos Humanos homenageia pessoas e instituições que atuam na luta contra aids
Ativistas e gestores se emocionaram durante a entrega do 1º Prêmio Araújo de Ativismo e Direitos Humanos que aconteceu na tarde dessa quarta-feira (27), no centro da cidade de São Paulo. O objetivo da cerimônia foi reconhecer pessoas e instituições que desempenham papéis fundamentais na luta contra a aids. A iniciativa do Movimento de Luta Paulistano Contra Aids (Mopaids) é também uma homenagem ao ativista José Araújo que morreu em setembro deste ano.
“Ao longo dos últimos 30 anos, sua atuação em defesa das pessoas que vivem com HIV e aids, pela valorização do SUS e em favor das populações mais vulneráveis foram marcas de imenso impacto que Araújo deixou na luta contra a aids no Brasil”, disse Isabel Bala, do Mopaids.
Além de ter sido diretor da Associação Espaço de Prevenção e Atenção Humanizada, e integrando do Grupo de Incentivo à Vida, Araújo também foi um dos mais importantes entusiastas da Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids (RNP+), fundada em 1995. É em resposta a esse legado e ao mesmo tempo homenageando ONGs, pessoas e instituições que tem contribuído para o Mopaids, que se realiza o prêmio que será entregue sempre às vésperas do Dia Internacional de Luta Contra a Aids. Saiba mais http://agenciaaids.com.br/noticia/1o-premio-araujo-de-ativismo-e-direitos-humanos-homenageia-pessoas-e-instituicoes-que-atuam-na-luta-contra-aids/ 28/11/2019
Instituto Vida Nova recebe homenagem
Com o objetivo de reconhecer ações realizadas pelas Organizações não Governamentais na luta contra a aids na cidade de São Paulo, o Programa Municipal de DST/Aids de São Paulo realizou a Cerimônia de Homenagem à Sociedade Civil na tarde dessa quarta-feira (27). Durante a abertura do evento, a coordenadora do Programa de DST/Aids de São Paulo, Maria Cristina Abbate, afirmou que “felizmente estamos aqui porque somos pessoas guerreiras na defesa intransigente do Sistema Único de Saúde. O SUS veio de um movimento que enxergava saúde como um direito de todos e dever do estado”, disse ao agradecer a presença dos parceiros, na mídia, na sociedade civil e no governo. Maria Cristina Abbate também ressaltou os projetos aprovados e habilitados por editais públicos e disse que eles são estratégicos em razão das necessidades regionais. Além disso, para ela, é importante a manutenção da palavra “aids” no nome da coordenação. “Aquilo que tem nome, tem forma, a gente consegue enxergar e, através da visibilidade, a gente consegue ao menos tentar atender às especificidades, então, aqui chamamos essa coordenação de Programa de Aids. Essa é uma tradução do desejo de todos nós. Assim como defendemos o nome da aids nas coisas, defendemos também a visibilidade das populações mais afetadas pelo HIV/aids hoje”, disse. Para os membros da sociedade civil presentes no evento, Maria Cristina falou sobre a importância do trabalho da sociedade civil nos espaços públicos. “Quando São Paulo recebe uma certificação de eliminação da transmissão vertical, isso se deve a vocês. Por dois anos consecutivos, tivemos reduções muito importantes no número de novas infecções por HIV/aids. Isso mostra que quando atuamos juntos, mostrando que a prevenção combinada é um caminho.” Saiba mais http://agenciaaids.com.br/noticia/em-premiacao-programa-municipal-de-dst-aids-de-sao-paulo-homenageia-sociedade-civil/ 28/11/2019
EXPOSIÇÃO I=I abre as atividades alusivas ao Dia Internacional de Luta Contra a Aids
Instituto Vida Nova lança em São Paulo a Campanha Indetectável = Intransmissível com abertura da Exposição I=I, nesta segunda-feira, 25 às 10h, no Hall Cultural da Estação do Metro Tatuapé.
A Expo I=I pretende oferecer ao público, exposições de fotografias, vídeos, rodas de conversas com estudantes do ensino fundamental, das áreas de enfermagem, medicina e fornecimento de insumos de prevenção, dentre outros.
Exposição permite ao público perceber as histórias de 13 pessoas vivendo com HIV das cincos regiões do Brasil, que estão com carga viral indetectável, com esse conceito o vírus não é transmissível para outra pessoa.
A perseverança na trajetória dessas pessoas através da adesão ao tratamento traduz a esperança de que o fim da epidemia da Aids é possível e que inspiram a todos a lutar por melhor tratamento e a promover solidariedade.
“Queremos difundir para a população esse conceito I=I, é assim também que poderemos frear a infecção do vírus no Brasil temos 40 mil novas infecções por ano; 134 mil pessoas não conhecem sua condição sorológica; 626 mil em tratamento; 33.355 pessoas com HIV estão com carga viral detectável. Somos 900 mil pessoas com HIV/Aids no Brasil. Não somos vetores do vírus, somos gentes com objetivos e sonhos como qualquer outra pessoa. Para nós, o importante é somar, unir, expressar, ir sempre além - não nos interessa somente prestar um serviço. Criamos e proporcionamos experiências”. Afirma Américo Nunes Neto idealizador do EXPO I=I. 25/11/2019
Ativistas consideram que campanha governamental contra ISTs propaga terror e pânico moral
já viu os sintomas de algumas infecções sexualmente transmissíveis?” É com essa pergunta que inicia uma nova campanha do Ministério da Saúde para estimular o uso de camisinha. A estratégia foi lançada na tarde desta quinta-feira (31). Focada em jovens de 15 a 29 anos, a estratégia aposta na reação de jovens ao pesquisar imagens na internet de infecções como sífilis, gonorreia e clamídia. Em vídeo, o grupo reage com expressões de medo, nojo e repulsa. “Se ver já é desagradável, imagine pegar. Sem camisinha, você assume esse risco. Use camisinha e se proteja dessa e de outras infecções sexualmente transmissíveis”, finaliza um narrador no vídeo.
Ativistas ouvidos pela Agência Aids criticaram a abordagem. Na opinião da jovem Rafaela Queiroz, a prevenção pelo medo é falida e ultrapassada. Para o escritor Salvador Côrrea, “estimular o conhecimento e a informação não pode ser sinônimo de educar pelo medo. Em função do medo e do terror temos quatro décadas de estigma e discriminação que afastam as pessoas do cuidado e da prevenção.” Essa também é a opinião do ativista Beto de Jesus: “Mostrar os sintomas de uma IST é o mesmo que educar pelo medo, e sabemos que isso não funciona. Isso já foi feito no passado com o HIV/aids e foi desastroso. É uma abordagem desatualizada e em nada dialoga com o público entre 15 e 29 anos.” 31/10/2019
Nota de Repúdio pela desativação das redes sociais do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e IST
O Instituto Vida Nova Integração Social Educação e Cidadania, Organização Não Governamental, repudia veementemente o anúncio oficial da desativação das redes sociais do antigo Departamento de IST, AIDS e Hepatites Virais, anunciada pelo Ministério da Saúde em 22 de julho em média o Departamento de Aids recentemente renomeado como Departamento de Doenças de Condições Crônicas e IST fazia em média 2 a 3 postagens informativas por dia, e mantinha uma diagnostico situacional sobre os dados da epidemia de Aids no Brasil, assim como relação de endereços da sociedade civil organizada e parcerias nacional e internacional.
Por fim a essas informações é mais um desmonte da política pública de saúde e de Aids e desmerece o reconhecimento internacional na luta contra a aids, que poderá interferir na resposta brasileira para o cumprimento das metas 90,90,90 - 90% das pessoas vivendo com o HIV diagnosticadas e, portanto, sabendo que possuem o vírus; 90% das pessoas vivendo com HIV e diagnosticas em tratamento e 90% das pessoas que vivem com HIV diagnosticadas e em tratamento com carga viral indetectável, quando a quantidade de vírus no corpo é bem baixa.
Vemos com muita preocupação este ato que transferi para uma única página governamental com inúmeras informações distintas, tirando assim a visibilidade da resposta brasileira em IST/aids e o acesso transparente à comunicação.
Nesse sentido, cabe todas as providências para se fazer valer uma comunicação de fácil acesso e transparente.
Diretoria
26/07/2019
A Missão do Instituto Vida Nova Continua
Nova diretoria eleita em maio de 2019
“Não basta se indignar é preciso fazer alguma coisa"
Esse é foco, ofertar um trabalho que envolve a assistência às pessoas infectadas pelo HIV, doentes de aids e contribuir na resposta da epidemia da aids no município de São Paulo. Cada ação ou atividade carrega um legado institucional dentro dos preceitos fundamentais da vida humana.
O objetivo desta missão é levar mensagens de otimismo e autoestima para centenas de pessoas assistidas pelo Instituto Vida Nova (IVN), com um acolhimento diferenciado e linguagem simples e atrativa por meio da escuta ativa como premissa.
Ao decorrer dos 19 anos construindo histórias e com slogan “Não basta se indignar é preciso fazer alguma coisa”, são dois aspectos desenvolvidos, sendo que cada um deles é interpretado por um trabalho de excelência com reconhecimento de âmbito nacional e internacional.
Motivação, fé, sentimentos, oportunidade, valorização, mobilização e conscientização são norteadoras para o alcance desta missão.
A partir daí, abre-se um diálogo com o público, que interage, participa e se beneficia das atividades oferecidas pelo IVN.
Esperamos um dia alcançar a cura da aids, mas enquanto esse dia não chega nós resistimos firmes e fortes para auxiliar e empoderar quem necessita lutar por seus direitos de liberdade e igualdade, por isso a missão continua.
Viva a vida, viva o Vida Nova
Por Alexandre Eduardo – Diretor do Instituto Vida Nova
Saúde Mental
A psicóloga Vanessa Sodré, do Instituto Vida Nova, destacou que este não é o primeiro projeto da instituição voltado para a terceira idade. “Já trabalhamos com a população acima dos 50 anos há algum tempo e observamos, em nossos atendimentos, a necessidade de um olhar diferenciado para essa faixa etária, com suas fragilidades e particularidades. É crucial ter uma abordagem específica para pessoas vivendo com HIV, pois suas necessidades são diferentes. O envelhecimento traz desafios adicionais, como as comorbidades associadas ao uso de antirretrovirais, lipodistrofia, artrite, artrose, entre outras patologias. Além disso, questões como preconceito, estigmas, dinâmicas familiares e a vivência da sexualidade na terceira idade são particularmente complexas para quem vive com HIV.”
Ela considerou que “enfrentar esses desafios é uma tarefa ainda mais difícil para quem já lida com o HIV. Portanto, ao adotar um olhar diferenciado, buscamos encontrar soluções eficazes. O projeto 50+ visa exatamente isso: oferecer soluções que promovam uma qualidade de vida melhor para esses indivíduos. Nosso objetivo é proporcionar um acolhimento atento, ouvir suas demandas e trabalhar tanto a saúde mental quanto a saúde física, promovendo um bem-estar integral.”
Atividade Física
A educadora física Lilian Monteiro Espindola dos Santos destacou a importância da atividade física na terceira idade, afirmando que é essencial para a saúde e o bem-estar realizar exercícios físicos. “O projeto 50+ Vida Posithiva nasceu justamente para melhorar a qualidade de vida das pessoas vivendo com HIV/aids. A atividade física ajuda a reduzir a lipodistrofia e beneficia diversos aspectos da saúde, incluindo o coração, os pulmões e o sistema digestivo. Além disso, a prática regular de exercícios contribui para uma melhor absorção dos alimentos e dos medicamentos.”
Lilian assegurou que as atividades propostas neste projeto são seguras e adaptadas às necessidades dos participantes, com supervisão. “Os exercícios são pensados para melhorar o bem-estar geral, trazendo mais disposição, melhor humor e sono. Os exercícios podem variar de leves a moderados, com sessões de 30 a 40 minutos para atividades leves e moderadas, e até 20 minutos para atividades mais intensas. O programa inclui uma combinação de exercícios realizados três vezes por semana, ajustados ao limite e à capacidade de cada pessoa, proporcionando assim benefícios significativos e sustentáveis para a qualidade de vida.”
Se você tem 50 anos ou mais, vive com HIV/aids e mora em São Paulo, e deseja melhorar sua qualidade de vida, entre em contato com o Instituto Vida Nova através do link para se inscrever gratuitamente. Os participantes receberão mensalmente cestas básicas para ajudar na alimentação e reduzir o impacto da insegurança alimentar na vida de quem vive com HIV.
Talita Martins (talita@agenciaaids.com.br)
Dica de entrevista
Instituto Vida Nova - Tel.: (11) 2297-1516
Gislaine explica que o encontro foi aberto para as mulheres que já são vinculadas às atividades do Instituto Vida Nova, mas destaca: “Queremos falar sobre a vida para além do HIV. Essa gente sabe que tem questões que envolvem HIV no cotidiano, porém são mulheres que muitas vezes são responsáveis total pelo seu lar, são mulheres que têm parceiros abusivos, que têm outras demandas familiares, então a gente tenta abordar as demandas fora do HIV que sobrecarregam aquela mulher. E o que me chamou a atenção é que muitas delas, 70% quase, vivem sozinhas. Quando relatei o porquê dessa escolha, elas falaram que já sofreram demais, que já passaram por relacionamentos abusivos, e isso não está ligado diretamente ao HIV, mas está ligado à forma que as pessoas se tratam, se relacionam. Muitas relatam que foram/são desrespeitadas, sobrecarregadas, agredidas, e muito mais. E hoje, escolhem viver uma vida sozinha.”
Emancipação feminina
Ela ainda conta que no encontro do ano passado, uma das mulheres compartilhou que teve um momento de insight durante as conversas, percebendo melhor a dinâmica de sua vida familiar enquanto ouvia outras mulheres falarem. “Ela vivia um relacionamento abusivo, o rapaz só estava usufruindo das coisas dela, mas não tinha aquela troca afetiva, não havia respeito entre os dois. E naquele momento, com a troca de falas de vivências e superações no encontro [do Vida Nova], decidiu colocar um ponto final [na relação] e pediu o divórcio. Esse divórcio já aconteceu, e agora nesse último encontro, ela chegou agradecendo o apoio que teve, todo o suporte que recebeu… essa mulher tomou uma decisão que julgou ter sido a melhor escolha da sua vida. Hoje ela está trabalhando, cuidando da sua própria vida e não tem ninguém fazendo mal para si.”
“Esse é o nosso pontapé, perguntar: o que você está passando? Você é vítima disso? Você quer sair disso? Você enxerga que não é bom? O que você quer pra você? E aí elas vão falando, falando, e vão surgindo muitas histórias emocionantes, muitas de superação. O intuito do grupo é que a mulher que já está resolvida não aponte aquele momento que a outra está vivendo”, disse destacando que o processo de se desvencilhar de uma relação tóxica é complexo e desafiador.
Oficina de beleza
O agente de prevenção da ONG e profissional da beleza, Sidney Freitas, ficou responsável pela parte dos cuidados em beleza que as meninas e mulheres presentes no encontro receberam.
Segundo o profissional, os serviços prestados no dia foram: limpeza de pele, designer de sobrancelha, spa de pés, maquiagem, e penteados, entre escova, prancha e tranças.
As 26 mulheres participantes também puderam acompanhar uma palestra de incentivo a sororidade, amor-próprio e autoestima, além de desfrutarem de um almoço realizado especialmente para elas. “No encontro, mostramos que todos temos problemas, mas as mulheres como sempre os enfrentam ainda mais, independentemente de sua sorologia. No caso das meninas que são atendidas pelo Instituto Vida Nova, mostramos a elas que uma boa maquiagem se torna sua armadura, podendo ajudar a enfrentar ainda mais o seu dia. O fato de poder colaborar com sua estima, melhorar a forma de se ver, se portar, dar dicas, e óbvio, comemorar o Dia Internacional das Mulheres foi ímpar para alegrar, suavizar e para poder contribuir mais [na vida destas mulheres]”, conta Sidney, que finaliza: “Cuidar de si mesmo é essencial para manter uma autoestima elevada, independentemente das circunstâncias.
Para aquelas que vivem com HIV, o autocuidado não apenas fortalece a saúde física e mental, mas também promove uma sensação de controle e bem-estar. Isso pode incluir seguir um plano de tratamento, praticar hábitos saudáveis, como exercícios e uma dieta balanceada, buscar apoio emocional e social, como encontrar atividades que tragam alegria e satisfação. Priorizar o autocuidado pode ajudar a enfrentar os desafios com mais resiliência e viver uma vida plena e satisfatória. Todas se comprometeram bastante! Inúmeros relatos foram emanados, dentro um coro de choro de alívio, realizações e de amarras sendo soltas”. Kéren Morais (keren@agenciaaids.com.br)
Uma das motivações para o protesto, segundo os organizadores, é a falta de dados sobre HIV, Aids e tuberculose na população em situação de rua. Os ativistas querem saber quantas pessoas vivem em situação de rua na cidade? Qual a cor, o gênero, a condição de vida dessas pessoas? Quantas vivem com HIV? Tuberculose? Quantas pessoas têm acesso à saúde?
Segundo o coordenador do Mopaids, Eduardo Barbosa, sem dados reais é impossível pensar em ações concretas contra a aids na cidade. "Só com inovação, levantamento de danos e vontade política conseguiremos garantir uma política pública de saúde focada nas necessidades desta população. Sem um olhar singular para as pessoas em situação de rua, jamais conseguiremos vencer a aids enquanto problema de saúde pública na cidade de São Paulo."
Eduardo chama atenção também para a negligência a partir da invisibilidade. "Pessoas vivendo com HIV e em situação de rua continuam morrendo nas esquinas da cidade. São pessoas marginalizadas, que vivem na pele o preconceito por ser negro, trans, gay, mulher. Não falta remédio, mas faltam todos os outros itens básicos de sobrevivência."
No ato, o Mopaids fará uma grande tribuna para ouvir o que a população em situação de rua tem a dizer. Também haverá entrega de água, oficinas, corte de cabelo, testagem rápida de HIV e sífilis e distribuição de insumos de prevenção.
No final, por volta de 14h, o grupo vai seguir em passeata até a Prefeitura de São Paulo, no Viaduto do Chá, para protocolar o documento. Mais informações neste link - https://acesse.dev/hbg8F
Em busca das metas de controle o Unaids tem a ambição de eliminar a pandemia de aids até 2030. Para isso, nutre o objetivo de diagnosticar 95% da população que vive com o vírus, tratar 95% dos diagnosticados e suprimir a carga viral de 95% do público tratado. Hoje se calcula que, no Brasil, 750 mil cidadãos estejam em tratamento antirretroviral. A atualização do protocolo terapêutico para adultos e outras movimentações do governo buscam intensificar a capacidade de cumprir as metas globais. De acordo com Hallal, no Brasil só o último objetivo tem sido atingido no momento.
“Atualmente, a taxa de diagnóstico está em 90% e o número de pacientes diagnosticados tratados em 82%”, conta o infectologista.
Os dados reforçam a necessidade de elevar a testagem para HIV e ampliar o alcance do acompanhamento e do tratamento médico. “Essa abordagem possibilita não só melhorar a qualidade de vida e diminuir a mortalidade entre os pacientes, mas também zerar a carga viral deles, contribuindo para evitar a transmissão do vírus”, explica o infectologista.
O especialista também compartilhou, no Congresso Brasileiro de Infectologia, em Salvador, que as políticas para PEP (Profilaxia Pós-Exposição) e PrEP (Profilaxia Pré-Exposição ao HIV) estão em processo de atualização e consolidação, a fim de se pavimentar um maior acesso a essas estratégias, sobretudo nos grupos de maior suscetibilidade à infecção, como homens que fazem sexo com outros homens, travestis, pessoas trans e profissionais do sexo. A PEP se refere à administração de drogas para deter o vírus após uma eventual ou acidental contaminação (o que abrange profissionais de saúde). A PrEP consiste na utilização de medicamentos para impedir o contágio. Hoje ela pode ser empregada por indivíduos com mais de 18 anos, mas o Ministério estuda a liberação a adolescentes acima de 15 anos, ciente de que eles também podem estar em risco com o início da vida sexual. Fonte Veja - Leia a matéria original em https://veja.abril.com.br/saude
Ativista Américo Nunes homenageado com Láurea de honra Xica Manicongo no 1° Seminário LGBTQIAP+ da Zona Leste.
A OAB – São Miguel Paulista organizadora do seminário outorgado pela Coordenação de Políticas para Diversidade Sexual Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado de São Paulo; justificou o prémio pela trajetória brilhante, por uma causa justa e também pelo compromisso discreto e assertivo com as grandes ações para pessoas com HIV/Aids e para a comunidade LGBTQIAP+.
“Para chegar a este mérito preciso falar como chequei até aqui! Vivo com HIV há 39 anos e sou gay com conhecimento de violações de direitos da nossa comunidade; no Instituto Vida Nova elaborei projetos para gays e pessoas trans/travestis. Essa homenagem é uma conquista que envolve toda a equipe do Instituto Vida Nova e nossa rede de parcerias. A organização do seminário foi muito feliz em nominar a Láurea Xica Manicongo, que foi a primeira travesti negra escravizada no Brasil no século 16”. Disse Américo Nunes.
O Coletivo Teatral BarbarizArte do SENAC/São Miguel Paulista enalteceu a abertura do seminário tendo por objetivo fortalecer o diálogo sobre as pautas e demandas LGBTQIAP+; a OAB com as Comissões de Diversidade Sexual e Gênero de São Miguel Paulista, Itaquera, Penha, Tatuapé, Vila Prudente, Nossa Senhora do Ó; convidou personalidades que abordaram temas de relevância para a pauta LGBTQIAP+, e relatos de experiencias exitosas. Gratidão Rafael Calumby @rcalumby
Acompanhe alguns momentos importantes da trajetória do ativista:
Entrevista:
Pergunta - Uma Luiza como foi fazer essa música e qual a motivação?
Resposta - A Educadora Kamilla e eu acabamos nos conhecendo através de uma indicação da atividade roda de conversas do coletivo se joga na conversa quando eu participei de uma atividade junto com outra mana travesti que conheci lá no Grajaú. Logo no primeiro encontro na primeira conversa que tivemos com o grupo A educadora Kamilla de supetão já pediu enquanto um desafio que eu escrevesse a música. Nesse momento ela já sabia que eu executava um trabalho enquanto arte educadora e enquanto cantadeira há mais ou menos 10 anos. Eu adorei o desafio e escrevi uma música com bastante carinho e generosidade pensando que os ensinamentos que eu recebi nas conversas que tive nesse projeto que me foram muito valiosos e me ajudaram a me desenvolver enquanto pessoa cidadã enquanto parte de uma sociedade que precisa de uma transformação.
Pergunta - Como você chegou no Se Joga Na Conversa e como se sente?
Resposta - O caminho que me trouxe até o projeto se joga na conversa tem a ver com a minha dança enquanto cantadeira em São Paulo. Eu participo de muitos eventos principalmente saraus, pois é no microfone aberto que me desenvolvia enquanto artista propriamente dita. No ano passado participei de uma edição especial de um sarau na zona sul com uma coletiva lgbtqia+ chamada travas da Sul nessa edição conheci muitas manas travestis e algumas manas travestis mais velhas estavam participando da celebração de um documentário que haviam concretizado a partir de uma política pública. Nesse dia conheci uma mana que me convidou para atuar enquanto convidada de uma ação que ela organizava na zona leste nós éramos do mesmo território como acho muito importante o respeito que devo dar as minhas mais velhas uma vez que entendo várias manobras políticas que foram realmente lutas travadas por uma população de mulheres a qual eu não tive oportunidade de conhecer achei muito interessante esse processo de intercâmbio e topei logo de cara conhecer esse projeto e foi nesse bate-papo com muitas manas que me indicaram a participação. Eu de cara me interessei e fiquei feliz que deu certo.
Pergunta - A música diz ...A sociedade está vivendo a descoberta, nós pessoas Trans estamos ficando mais alertas... O que isto significa?
Resposta - A sociedade ainda carece de protagonismo das pessoas transgêneros é muito comum vermos muitos projetos que falam a respeito da nossa identidade e da nossa vivência enquanto pessoas trans travestis mulheres e homens TRANS e pessoas não binárias também, mas ainda aparecemos de mecanismos dos mais básicos para que sejamos os protagonistas da nossa própria história, a narrativa das pessoas LGBT+ muitas vezes perpassa aí na adequação social abandono familiar, são tantos os fatores que nos dificultam muitas vezes nos adequarmos nos projetarmos termos mais estabilidade dentro da sociedade então em muitos momentos pessoas dessa comunidade LGBT+ passam por altas e baixas na vida na qual necessitam do suporte e estão postas à margem quase sempre ainda que essa realidade vem mudando carecemos de mecanismos que incluam as várias diferencialidades que a sigla LGBT+ podem muitas vezes trazer e revelar, é importante que nós mesmos tenhamos essa propriedade de lutarmos pelo que nos é necessidade e direito; porque somente as pessoas falando delas próprias vão produzir essa narrativa mais econômica capaz de produzir um impacto social positivo uma transformação positiva que transforma a gente também enquanto sociedade coletivamente.
Pergunta - Qual é a melhor memória que você tem sobre o rolou no Se Joga na Conversa?
Resposta - Não sei responder essa pergunta para mim é difícil hierarquizar as memórias é difícil escolher entre as tantas uma memória predileta. Sei que nesses meses participando dessas rodas de conversa foi um espaço onde eu me senti bem onde eu me senti em casa um dia eu senti que de alguma forma qualquer que fosse as demandas que eu expusesse ali na conversa eu ia ter um olhar mais compreensivo porque existia uma identidades ali que partilhavam de vivências parecidas intersecções de narrativas possíveis entre pessoas trans. Na minha vivência pessoal a convivência cotidiana é uma grande dificuldade eu sou uma pessoa neura divergente sofro de prejuízos cognitivos severos tenho crises com bastante frequência e não consigo todo suporte que necessito para dar andamento na minha saúde em diálogo com Sistema Único de Saúde para mim ter um espaço de convivência saudável é um espaço de cuidado com a saúde mental pois a gente que é trans enfrenta a violência quando tem que pôr o pé na rua e é isso no fundo quando estamos sozinha sabemos que não somos nós as pessoas que podemos nos retirar dessa situação a gente tem que viver essa situação porque faz parte da gente e muitas vezes a gente passa por muitas discriminações que na realidade a gente sabe que seria desnecessárias se não fosse a transfobia estrutural posta ali enquanto referência de certo e errado, para mim o se joga na conversa como um todo esses encontros todos o conhecimento da Kamilla Joy que é uma grande referência para mim enquanto educadora. Pois não tive o prazer de ser educada por uma outra mulher travesti antes, essa é a primeira vez em que eu tenho o grande prazer de ver uma figura travesti ali a frente de uma roda de conversa para mim foi muito prazeroso ter o contato com os homens trans ter o contato com mulheres travestis mais velhas mais jovens e com tantas narrativas incríveis só me ajudava a voltar para casa muito mais esperançosa de ver uma transformação na sociedade eu gostaria que esse projeto tivesse mesmo uma continuidade e que fosse talvez pensado até enquanto um espaço de acolhida de resistência para que essas pessoas consigam a partir da superação de suas vivências estão sofridas se articularem politicamente profissionalmente para que possam viver uma virada na sociedade quem sabe.
Pergunta - Tem alguma coisa que você ainda quer dizer?
Resposta - Gostaria de dizer, existem tantas coisas que eu gostaria de dizer mas eu não gostaria de dizer através da escrita nem através da fala, existem muitos outros tipos de comunicação não verbais linguagens atípicas linguagens através dos sinais, já faz muito tempo que busco ajuda para aprender a me comunicar e essa pressão de aprender a falar e de falar bem vem produzindo grandes prejuízos com passar dos anos então o que eu gostaria de deixar enquanto fala é que as pessoas precisam aprender a respeitar as diferenças e que nós não somos todos iguais na verdade nós somos extremamente diferentes, mas não tem nenhum problema com isso desde que aprendamos a perceber as diferenças respeitar o tamanho das diferenças e conviver com elas com um compromisso de que é esse pacto a importância que esse pacto de respeitar as diferenças têm que é a nossa maior esperança de transformação e mudança. Porque caso contrário é uma questão de tempo até que estejamos silenciadas novamente e postas dentro de masmorras que são pintadas como fachadas de armário para esconder a realidade das nossas vivências eu sou uma pessoa neuro divergente e gostaria de dizer que é muito triste que uma pessoa neuro divergente tem que esperar tanto tempo para começar a conseguir ser respeitada por uma sociedade.
“Pra nós do Instituto Vida Nova é um orgulho receber essa arte autoral da artista Uma Luiza que nos agraciou com essa música maravilhosa que reflete as discussões do coletivo Se Joga Na Conversa. Isso é fruto do que plantamos” Disse Américo Nunes – Coordenador do Projeto.
Sobre o Coletivo:
O Coletivo Se Joga Na Conversa é um espaço entre pares acolhedor com fortalecimento de vínculo entre pessoas Trans/Travestis e o Instituto Vida Nova para promover discussões sobre arte educação, promoção em saúde, gestão do cuidado, visibilidade positiva e oficinas socioeducativas.
O grupo se reúne uma vez por mês, com duração de três horas as participantes recebem ajuda de custo de transporte e cesta básica. Maiores informações (11) 2297-1516
Apoio: Coordenação Estadual de IST/Aids
#pessoastrans #transessuais #travestis #homenstrans #transmasculines
“Inicialmente, as medicações que a gente tinha eram pouco eficazes e apresentavam vários efeitos colaterais associados. Por isso, a gente só indicava para pacientes nos estágios mais avançados da aids. Com a chegada de novos medicamentos, temos introduzido o tratamento precocemente. Hoje, o paciente faz o diagnóstico e a gente já prescreve a medicação”, conta a dra. Marianna.
Dessa forma, em pouco tempo, o vírus é controlado. Ou seja, o risco de evoluir para casos de aids e até óbito diminui consideravelmente, mesmo que a disseminação do vírus tenha aumentado.
Homens jovens na mira
No entanto, entre os grupos analisados pelo Boletim Epidemiológico, o único que apresentou um aumento nas notificações da aids foram homens de 14 a 29 anos. Enquanto a média brasileira foi de queda, esse perfil em específico apresentou um aumento de 20%. Em 2011, eram 6,6 mil casos; e, em 2021, 7,9 mil.
“A gente tem um grande desafio que é a conscientização dos jovens. Talvez pelo fato deles não terem vivido a epidemia do HIV ou até pela facilidade de acesso ao tratamento, eles acham que, se tiverem a infecção, vão conseguir se tratar com tranquilidade. Isso os coloca em uma situação de vulnerabilidade”, opina a infectologista.
A partir de 2010, a diferença entre gêneros também chamou a atenção. A relação de 15 casos de aids entre homens a cada 10 casos entre mulheres cresceu, chegando a 36 no sexo masculino a cada 10 no sexo feminino. Segundo a dra. Marianna, isso tem a ver com o aumento da detecção precoce da infecção durante o pré-natal das gestantes, prevenindo casos de aids nas mulheres e também por transmissão vertical (da mãe para o feto).
“Uma outra coisa importante é que a gente teve um predomínio de infecções em homens heterossexuais, principalmente acima dos 40 anos. O que também pode ser justificado por aquela velha ideia equivocada de que o HIV é uma condição que afeta apenas homens que fazem sexo com outros homens”, lembra a médica.
Por fim, não podemos deixar de falar da população negra. Enquanto na população branca os casos de mortes por aids caíram 20,8%, entre pretos e pardos, os índices cresceram em 10,3%. Esse aumento está relacionado à dificuldade de acesso aos serviços de saúde pelo grupo, que enfrenta barreiras na prevenção, diagnóstico e tratamento.
Metas globais para o futuro
Na tentativa de melhorar esse cenário, em 2021, diversos países assinaram a Declaração de Paris, proposta pela Unaids, o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids. O documento propõe três metas globais que ficaram conhecidas como 95-95-95. Até 2030, o objetivo é:
“Eu acredito que o nosso grande desafio seja em relação às pessoas que vivem com o HIV, mas não aceitam o diagnóstico. Porque, uma vez que elas aceitam e fazem o tratamento de forma adequada, elas vivem superbem. O HIV é uma infecção que ainda não tem cura, mas tem um bom controle”, ressalta a dra. Marianna.
Fonte: Portal Dráuzio Varella / Agencia de Notícias da Aids
“Esse grupo vai nos ajudar a entender as demandas das usuárias do Vida Nova. Neste espaço, elas poderão conversar e desabafar sobre temas que julgarem importantes”, disse Márcia.
“Esse projeto nasceu porque percebemos que precisamos fortalecer o empoderamento das mulheres. Ultimamente, estamos sendo muito fragilizadas. Aqui no Vida Nova, queremos trazer esse sentimento de força, independente do diagnóstico para o HIV”, completou Eliana.
As ativistas explicaram que a atividade também tem a intenção de enaltecer a beleza da mulher vivendo com HIV. “Queremos falar para elas sobre uma luta por direitos que é antiga e árdua, mas que elas não estão sozinhas, vamos conseguir cada vez mais conquistar nosso espaço, conquistar uma mudança na fala e no posicionamento dessas mulheres em diversos sentidos, adquirindo a liberdade de ir e vir”, disse Márcia.
“No primeiro momento vamos fazer um almoço e propor essa reunião para elas mensalmente. Vamos começar com um bate-papo, deixá-las falarem, desabafarem se sentindo à vontade para expor situações do cotidiano, sem julgamentos, um lugar de escuta. Essa ação é um momento delas, pretendemos deixar isso claro, ser um ambiente onde vão encontrar força e conhecer os seus direitos”, contou Eliana.
“Esperamos promover o amor próprio dentro de cada uma, para que elas se cuidem em todos os sentidos, principalmente na saúde”, completou Márcia.
Eliane e Márcia, pretendem ajudar as mulheres financeiramente. “Vamos fazer perguntas sobre o que elas querem aprender para ter o próprio dinheiro, construindo uma renda e assim tendo liberdade para escolher”, falou Eliane.
Para participar é bem simples, é só entrar em contato com a Márcia ou Eliane pelo número (11) 2297-1516.
Serviço
Dela Para Elas
Quando: 08 de março às 11:30h
Onde: Instituto Vida Nova (R. Prof. Assis Veloso, 226 – Jardim São Vicente, São Paulo)
Dica de entrevista
Instituto Vida Nova
Tel.: (11)2297-1516
Gisele Souza (gisele@agenciaaids.com.br)
“Desde de 2016 o Instituto Vida Nova iniciou aproximação e execução de atividades e projetos para essa população, sabíamos que seria um grande desafio e hoje tenho a certeza de que valeu apena investir nessa equipe de educadoras, comprometidas e que vestem a camisa do Instituto Vida Nova e veja também o crescimento de cada uma delas “. Afirma Jorge Eduardo.
“O Instituto Vida Nova merece e pode sim mostrar seus imensos valores através de seus projetos em prol da diversidade LGBT+. Estar em uma premiação tão importante faz com que nosso trabalho seja cada vez mais motivador e produtivo. É com orgulho nossa participação e com certeza faz a diferença e mostra que vale apena investir em projetos que abracem a diversidade” Soraya Conceição
Nathy Kaspper é grata pela representatividade toda via, lamenta que não houve oportunidade de fala na cerimônia de entrega, contudo, é de extrema importância para a ONG receber o Selo da Diversidade.
Agentes de Prevenção do Instituto Vida Nova nesta sexta-feira (11) a convite do Programa Municipal de IST/Aids de Guarulhos, apresentou avanços, desafios e resultados parciais do Projeto Educação Em Saúde e Controle Social, com foco em ações de dispensação de insumos de prevenção as Infecções Sexualmente Transmissíveis e promoção de rodas de conversas sobre a Prevenção Combinada do HIV, profissionais e gestores da saúde conheceram melhor o projeto e seus resultados. O projeto superou as expectativas, mesmo com algumas dificuldades por parte da gestão de Guarulhos e da Coordenação Estadual de IST/Aids que financia o projeto, a equipe se virou nos trinta para garantir o compromisso com as parcerias fidelizadas em colocar os displays nos estabelecimentos e os Jumbos nas Estações de trem da região de Guarulhos. Em 12 meses de execução a meta de abrir 60 pontos para dispensação dos insumos foi cumprida; já soma 83 pontos de diversos seguimentos, comércio, casas noturnas, associações, boates, sindicatos, estações de trem e tantos outros locais de maior vulnerabilidade e com risco acrescido para infecção do HIV e ISTs.
Mensalmente são fornecidos 118 mil preservativos externos, internos, gel lubrificante e autoteste para HIV. A equipe de agentes se torna aliada da população dando conhecimento sobre os serviços de IST/Aids e quando solicitada acompanhando para a realização de testagem e acesso a Profilaxia Pré Exposição ao HIV.
Diretamente 108.557 pessoas foram acessadas; mesmo tendo atingido a meta a equipe não vai parar espera-se que até o final do projeto em outubro de 2023, se tenha 120 parcerias fidelizadas e que o Programa IST/Aids e Hepatites Virais de Guarulhos coloque na PAM de 2023 a continuidade do projeto, uma vez que o encontro foi pautado na importância do fortalecimento da rede de promoção, prevenção e assistência para esse programa e no alinhamento de fluxos, melhoria dos processos de trabalho e comunicação entre os envolvidos e com foco nas diretrizes de vigilância em saúde, para que a gestão de saúde e sociedade civil organizada esteja em acordo com os princípios do SUS. Afirmou Celso Marinacci – Agente de Prevenção do Instituto Vida Nova. A equipe criou o Geolocalizador para que os serviços de saúde e população saibam onde estão nossos parceiros/as e possam usufruir adquirindo os insumos de prevenção neste link: https://bityli.com/bcahhCjb
O encontro teve por objetivo a elaboração da Programação de Ações e Metas (PAM) para o fortalecimento da politica de incentivo para ações em IST-HIV/Aids da Cidade de Guarulhos; sendo organizado pela Secretaria Municipal de Saúde de Guarulhos; Programa Municipal de IST/Aids de Guarulhos e pela Vigilância Epidemiológica, com participação da Atenção Primária à Saúde, pela Rede de Urgência e Emergência e por serviços especializados em IST/Aids, Organizações Não Governamental e ativistas independentes.
Por Américo Nunes Neto – Coordenador do Projeto
O Instituto Cultural Barong esteve presente com serviços de testegem para HIV, Covid-19 e Hepatite com oferta de insumos de prevenção as ISTs. Américo Nunes diretor do Instituto Vida Nova ex-coordenador do Mopaids se fez presente a convite da Co-vereadora Carolina Iara PSOL.
O acordo surge a partir da mobilização da sociedade civil organizada para que Estados e Municípios produzam estratégias afirmativas para uma política integrada.
Os determinantes sociais assim como os agravos do HIV/Aids e Tuberculose afetam drasticamente a população em maior situação de vulnerabilidade. Cumprir as metas dos Planos para eliminação da tuberculose só é possível com ações integradas, assim como as metas pelo fim da epidemia da Aids.
Para isto e outras demandas do Mopaids e da Tuberculose que foi instalada a FPHT; para que a política de assistência social, saúde e outras pastas de governo atendam de fato às necessidades da população, conforme a constituição brasileira em seus artigos.
O movimento de Aids e Tuberculose estão dispostos na concretização de fato desse acordo e não medirá esforços para essa efetivação na cidade de São Paulo e outros Estados. É presenciado um descaso da SMADS, não é a primeira vez que é pautada e não comparece e sem minimamente uma justificativa de ausência; a intra e intersetorialidade não acontece na pratica; é falta vontade política. O acordo de cooperação técnica é apenas um acordo, precisamos que ele se torne uma política pública de Estado que não de governo. Temos no Brasil a 3ª epidemia, a da fome. Trinta milhões de pessoas vivem com inseguridade alimentar; almeja-se que esta frente parlamentar com apoio da sociedade civil organizada prospecta projeto de lei para seguridade alimentar e isenção tarifária para as pessoas que vivem com agravos da tuberculose e HIV/Aids.
Mesmo com os avanços de controle do HIV e agravos da tuberculose; ainda assim as pessoas vulneráveis enfrentam inúmeras dificuldades de acesso à saúde integral e concebem a escala das novas infecções e de mortalidade por coinfecção do HIV e Tuberculose. Perante desta situação, é necessário romper com o descaso historicamente da SMADS; é necessário ecoar esse descaso com urgência.
Américo Nunes – Representante do Instituto Vida Nova, Rede Paulista de Controle Social da Tuberculose e Ex-coordenador do Mopaids – 24/06/2022
Veja o vídeo https://youtu.be/Bc9Sjd_pdPE?t=5625
Fiquei feliz ao analisar isso, pois a proposta do Coletivo Se Joga na Conversa é essa, levar informações, plantar a semente do desejo para lutar por sonhos.
Ver essas pessoas ativas na sociedade, ocupando lugares que por muitos anos nos foram negados faz com que o projeto Educação Em Saúde e Controle Social tenha sentido. Estou feliz e motivada, pois tenho certeza que nossos encontros serão produtivos e irei aprender muito”. Afirma Kamilla Joy – Instituto Vida Nova
Cada turma do coletivo tem duração de quatro meses com encontros mensais sempre nas segundas quintas-feiras e oferece ajuda de custo para transporte e alimentação e cesta básica. Para participar entre em contato por e-mail ividanova2@gmail.com - 06/06/2022
Além da prevenção as pessoas tiveram conhecimento sobre o conceito Indetectável = Intransmissível, o termo é válido para Pessoas Vivendo com HIV que estejam com carga viral indetectável no mínimo há seis meses de tratamento. Os depoimentos, fotos e cartazes relacionados a campanha podem ser visto aqui http://www.aids.gov.br/indetectavel/
O Instituto Vida Nova defende a conscientização para a prevenção e agravo de doenças mais efetiva frente aos riscos e perigos relacionados a relação sexual desprotegida, preservando a integridade física e a saúde de todos e todas.
Equipe de Agentes de Prevenção
Alcione A. F. Faioli
Antônio Carlos Pires
Antônio Marcus
Ariana L. R. Wruck
Daniel H. de Souza
Realize ações preventivas em sua comunidade.
Ligue para (11) 2297-1516 das 9h00 às 16h00 de segunda-feira a sexta-feira.
É necessário construir uma agenda durante todo ano nas Escolas de Samba, Blocos de Carnaval de Rua e/ ou entidades representativas do Carnaval na cidade de São Paulo (LIGA, UESP, FESEC... e muitas outras).
É preciso falar de sexualidade, gêneros, fobias, saúde mental, autoestima... isso tudo aliado ao acesso da promoção de saúde e aos serviços públicos.
Nesse sentido que se abra as portas para o Instituto Vida Nova e outras intuições com ações conjuntas de prevenção e promoção da saúde.
Frente aos desafios da pandemia da Aids é de suma importância; que as agremiações, blocos , assumam essa responsabilidade social de forma continuada não só em suas festividades de momo, mas também criem equipes de agentes de prevenção, criem enredos que falem sobre as quarenta décadas da Aids, realizem oficinas de promoção em saúde e com foco nos avanços no tratamento do HIV e prevenção das ISTs.
Mesmo com a decisão do Governo em anunciar o fim da emergência de saúde pública da Covid-19 é preocupante, pois a festa de momo atrai pessoas de vários países. No Brasil temos muitas pessoas que não vacinadas e tantas outras que ainda não cumpriram com todas as dosagens.
Sobre os blocos de carnaval de rua com o impasse da prefeitura sendo que cancelamento permanece em vigor, mesmo aqueles que não optaram pelo cancelamento; ainda assim a prefeitura sugere que aconteça no segundo semestre deste ano. Ou seja, podemos nos organizar para esta segunda etapa do Reinado de Momo.
Nós podemos contribuir muito, basta querer e fazer a diferença! O reinado de Momo precisa ter um olhar diferenciado para a prevenção dessas doenças.
Américo Nunes Neto – Instituto Vida Nova 20/04/2022
Estação de Suzano - CPTM
Estação de Calmon-Viana - CPTM
Com os avanços das novas tecnologias de prevenção, a camisinha não é mais a única forma de prevenção do HIV as profilaxias pós e pré exposição do HIV (PEP e PREP) também estão disponíveis nos serviços de saúde – ligue para disc Aids – 08000162550 ou 156.
União de esforços na assistência as pessoas com HIV/Aids
Em cinco meses de execução os agentes vinculadores do Projeto Educação Em Saúde e Controle Social acessaram 449 pessoas com HIV/Aids nos serviços da Rede Municipal Especializada (RME) das regiões leste e sudeste.
Na Manhã desta sexta-feira (18) os vinculadores do projeto se reuniram com os profissionais de saúde para darem as primeiras devolutivas sobre a execução do projeto. Segundo as devolutivas da vinculadora Lucrécia Lopes, observa que cada serviço se apresenta com demandas e perfis de públicos diferentes desde jovens a idosos e família inteira em tratamento; relatos de vivencias com HIV/Aids, abandono de tratamento, adesão aos medicamentos e orientações sobre a importância da participação dos usuários no conselho gestor foram os aspectos das devolutivas. Desses usuários 19 foram inseridos nas atividades do Instituto Vida Nova – Academia, Saúde mental, Grupo de Convivência.
Os profissionais de saúde consideraram de grande importância essa atividade na relação entre pares, bem como a criação de vínculo entre vinculadores, profissionais de saúde e usuários tornando assim, um complemento para na atenção aos usuários. Uma parceria de mão dupla que está dando certo, muitos profissionais solicitaram a continuidade desse trabalho e que se tornasse uma rotina nos serviços.
“A presença dos vinculadores nos serviços tem se mostrado pertinente, necessário e eficaz, segundo relatado pelos próprios usuários. Um breve feedback das pessoas abordadas tem mostrado que a troca de informações sobre adesão, direitos, como o saque do FGTS, Bilhete Único, e dicas como o app Viva Bem do Ministério da Saúde tem sido muito bem recebida pelos próprios usuários do serviço de saúde. Muitos usuários relatam que o fato de poderem ter alguém que os escutem é muito importante visto o fato de não poderem contar com ninguém, visto suas famílias não saberem de suas realidades devido a questões relacionadas ao preconceito.
Recebemos elogios das pessoas que são da administração direta sobre o trabalho que o projeto vem desenvolvendo inclusive relatam da importância de estarmos ali naquele lugar” Afirma Lucrécia Lopes – Vinculadora. “Nem tudo são flores, no início houve uma intercorrência com um dos vinculadores que perdeu o foco da atividade, que resultou no desligado do projeto.” Disse Américo Nunes Coordenador.
A articulação com a Coordenadoria de IST/Aids da Cidade de São Paulo tem sido fundamental na aproximação e interlocução com os serviços de assistência especializada (SAEs) a cada momento de migração de SAEs. Nesta semana os vinculadores migraram para os SAEs da região norte (SAE Santana e Freguesia do Ó.
O projeto Educação Em Saúde e Controle Social é financiado pela Coordenação Estadual de IS/Aids – SES – Edital 2021
Segundo o Agente de Prevenção Celso Marinacci - essa parceria é muito importante para a cidade de Guarulhos e um avanço para o projeto; em torno de 10 mil transeuntes por dia nessas duas estações de trem terão conhecimento do Bráulio, é considerável o número de passageiros e turistas que utilizando do aeroporto, isto causará um impacto no acesso desses insumos. Estamos acessando toda a população em especial as periféricas.
Até 2023 o projeto Educação Em Saúde pretende fidelizar 60 parcerias para dispensação dos insumos de prevenção às ISTs e realização de rodas de conversas em locais diversificados na cidade.
“Iniciamos no final do ano passado com oferta de 8.446 preservativos, hoje estamos em torno de 25 mil preservativos externo ao final queremos atingir 100 mil por mês. Contudo o preservativo interno tem tido pouca procura em média ofertamos 600 por mês. O gel lubrificante acontece em escala menor em razão das dificuldades de compra por parte dos serviços de Aids. Estamos em vários bairros levando informações sobre prevenção e assistência e queremos mais”. disse Antônio - Agente de Prevenção.
25/02/2022 - 19h50
A criação da Frente Parlamentar foi reivindicada pelo Mopaids e ativistas há três anos. Agora, está constituída por um compromisso do Vereador Celso Giannazi (PSOL) e outros coautores. A proposta é que se acompanhe a política de IST/Aids/Tuberculose em sua amplitude. Teremos agora uma instância para ampliar o nosso controle social e pautar as pastas de governos para a assistência integral conforme as diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS) e Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Essas pastas e a falta de recursos humanos na Rede Municipal Especializada em IST/Aids serão pautas prioritárias.
Temos ocorrências de avanços no combate ao HIV/Tuberculose, mas a saúde na cidade de São Paulo precisa superar essas deficiências e esse é o nosso papel para o exercício do controle social.
Não vamos ser silenciados, nunca jamais! Como diz José Camdinda Dala “um militante pode ser negociante, mas, militância não é negócio”.
Américo Nunes Neto é Coordenador do Movimento Paulistano de Luta Contra Aids (Mopaids) - E-mail: ividanova2@gmail.com
REVOGADO DECRETO SOBRE PRIVATIZAÇÃO DE POSTOS DE SAÚDE DO SUS
Decreto assinado por Bolsonaro e Paulo Guedes autorizava o Ministério da Economia a realizar estudos para incluir as Unidades Básicas de Saúde (UBS) dentro de programa do governo que trata de privatizações (PPI). G1 28/10/2020
O presidente revogou nesta quarta-feira (28) o decreto que autorizava o Ministério da Economia a realizar estudos sobre a inclusão das Unidades Básicas de Saúde (UBS) dentro do Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República (PPI). A revogação foi publicada em uma edição extra do “Diário Oficial da União”. Antes, Bolsonaro anunciou a decisão em uma rede social. “Temos atualmente mais de 4.000 Unidades Básicas de Saúde (UBS) e 168 Unidades de Pronto Atendimento (UPA) inacabadas. Faltam recursos financeiros para conclusão das obras, aquisição de equipamentos e contratação de pessoal”, disse Bolsonaro na postagem. “O espírito do Decreto 10.530, já revogado, visava o término dessas obras, bem como permitir aos usuários buscar a rede privada com despesas pagas pela União”, prosseguiu. Meia hora depois, Bolsonaro editou a publicação e adicionou mais um trecho, em que fala de uma possível reedição do decreto. “A simples leitura do Decreto em momento algum sinalizava para a privatização do SUS. Em havendo entendimento futuro dos benefícios propostos pelo Decreto o mesmo poderá ser reeditado”, escreveu.
Decreto
O decreto sobre o tema foi publicado na terça (27), assinado por Bolsonaro e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. O texto permitia que a pasta fizesse estudos para incluir as Unidades Básicas de Saúde (UBS) dentro do Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República (PPI). O PPI é o programa do governo que trata de privatizações, em projetos que incluem desde ferrovias até empresas públicas.
O texto do decreto 10.530 afirmava que a “política de fomento ao setor de atenção primária à saúde” estaria “qualificada” para participar do PPI. Segundo o decreto, os estudos sobre as UBS deveriam avaliar “alternativas de parcerias com a iniciativa privada para a construção, a modernização e a operação de Unidades Básicas de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios”.
Críticas
Especialistas demonstraram preocupação com o decreto. “Obscuro”, “apressado” e “inconstitucional” foram alguns dos adjetivos usados para qualificar o texto.
O presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Fernando Pigatto, entendeu o decreto como um caminho para a retirada de direitos da população.
“Precisamos fortalecer o SUS contra qualquer tipo de privatização e retirada de direitos”, afirmou.
Para o pesquisador em saúde e direito Daniel Dourado, da Universidade de São Paulo (USP), a Constituição não permite a privatização de serviços de saúde.
“Quando eles estão falando de modelo de negócio e de privatização e concessão, uma coisa tem que ficar muito clara: ter a lógica da iniciativa privada dentro do SUS não pode, é inconstitucional”, disse. A pesquisadora Ana Maria Malik, da Fundação Getúlio Vargas, lembra que a rede básica tem um papel fundamental de organização da assistência à saúde. “Precisa tomar um cuidado muito grande para tentar evitar que isso [a parceria com o setor privado] atenda interesses diferentes, que não sejam exatamente os de organizar o sistema de saúde”, diz Malik. A especialista em saúde pública Lígia Bahia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), avaliou o decreto como “apressado”. “Essa inversão, essa chegada do Ministério da Economia na saúde é uma coisa extremamente preocupante, é um desastre. O ministro Paulo Guedes não entende nada de saúde”, afirmou a pesquisadora.
Reunião Técnica avalia ações do Instituto Vida Nova
Diretores e profissionais durante reunião virtual avaliaram as atividades e ações realizadas para as pessoas vivendo com HIV/Aids em tempos da pandemia do coronavúvirus. As maiores preocupações foram as questões psicosociais e ajuda emergencial de alimentos. As ações de prevenção às infecções sexualmente transmissível se mantem apenas nas casas de profissinais do sexo, os agentes de prevenção tem feito as entregas seguindo as recomendações das autporidades de saúde usando mascára e alcool gel e com distanciamento. A equipe de agentes tem se reunido virtualmente todas segundas feiras para capacitação continuada e atualização de informações.
Preocupados com a flexibilidade e o retorno pós covid-19 os profissionais irão produzir um plano de trabalho para os devidos cuidados no atendimento gradual das pessoas com HIV/Aids. 02/05/2020
BCG é única vacina a atingir meta de imunização desde 2017
Publicado em 05/09/2019 - 21:26 Por Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil* - Fortaleza
Dados apresentados nesta quinta-feira (5) pelo Ministério da Saúde mostram que a BCG foi a única vacina a alcançar a cobertura vacinal pretendida nos anos de 2017 e 2018.
O levantamento foi feito com informações acessadas na base do DataSus em 15 de julho deste ano e foi apresentado na Jornada Nacional de Imunizações, em Fortaleza. Foram consideradas as metas de 16 vacinas do esquema básico e de reforço indicadas para crianças de até um ano, de um ano e gestantes. Para as imunizações BCG e Rotavírus, a meta era vacinar mais de 90% do público alvo, e, para as demais, superar os 95%.
Foto :
Iuna Shoy, 23 anos, mudou-se da Coreia do Sul para o Brasil e já se preocupa com as doenças típicas do novo país. Ela aproveitou para vacinar a filha Larissa, de 10 meses de idade. - Rovena Rosa/Agência Brasil
A BCG, que previne a tuberculose, teve cobertura de 96,41% em 2017 e de 96,09% em 2018. Já a hepatite B, que também deve ser tomada ao nascer, atingiu 84,7% em 2017 e 85,7% em 2018. Meningococo C, pentavalente e pneumocócica foram outras que ficaram perto dos 85% em 2018.
Para ativistas, declaração de presidente Bolsonaro reforça preconceito e estigma contra pessoas com HIV
Ao defender nesta quarta-feira (5) o programa de prevenção à gravidez na adolescência da ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que uma pessoa com HIV —vírus causador da Aids— representa “uma despesa para todos no Brasil”.
“O próprio [jornalista] Alexandre Garcia fala que a esposa dele, que é obstetra, atendeu uma mulher que começou com o primeiro filho com doze anos de idade. [Teve] o outro com 15 e no terceiro já estava com HIV. A gente quer ajudar a combater. Uma pessoa com HIV, além de um problema sério para ela, é uma despesa para todos no Brasil”, declarou o presidente, na saída do Palácio da Alvorada.
Veja o que ativistas do Movimento de Aids pensam a respeito dessa declaração:
Vando Oliveira, Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids do Ceará: “A ignorância do presidente em sua fala nos causa preocupação e indignação. As pessoas com HIV não são um prejuízo ao país, são pessoas, cidadãs que merecem respeito, tratamento, e o que vimos deste presidente desde sua campanha foi atacar as PVHA de forma grosseira e preconceituosa o que repudiamos de forma veemente. O Presidente, ao invés de tratar as pessoas com HIV com tanto desrespeito, deveria fazer com que a política de aids voltasse a ser modelo para o resto do mundo e isto só foi possível com a nossa participação e muita luta. Hoje ameaçada por um governo despreparado que ao invés de falar do que desconhece poderia pelo menos ficar em silêncio!
Carolina Iara de Oliveira, Loka de Efavirenz e Rede de Jovens São Paulo Positivo: “A declaração do presidente corrobora a visão estigmatizadora e preconceituosa que ele é seu grupo de extrema-direita possuem das pessoas vivendo com HIV/Aids (PVHA) desde a campanha: de que seríamos a escória da sociedade e que só damos gasto. O que o presidente não leva em consideração é que o nosso tratamento anti-HIV gratuito e universal faz com que toda a população esteja mais protegida, porque o tratamento bem sucedido faz com que as PVHA não transmitam o vírus, e é isso que tem garantido que a epidemia de aids não exploda, não se quadruplique no país, evitando o impacto negativo que uma epidemia poderia causar à economia do país. Mas a lógica do governo me parece outra: marginalizar e excluir as populações consideradas “de segunda classe”, notadamente as LGBTI+ e também as PVHA, na criação de “inimigos” da sociedade, de “párias” que em nada contribuem e que só dariam gastos à sociedade. É assim que o presidente nos considera. É uma tática clássica do fascismo”.
Silvia Aloia, Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas: “As declarações demonstram mais uma vez o quão o presidente desalinhado está à toda à construção da política de HIV/Aids calçada na garantia dos direitos humanos e na diminuição do estigma e do preconceito das PVHA. Não é a primeira vez que este des-governo, expressa declarações machistas, sexistas e homofóbicas. Dessa forma, legitima o estigma e preconceito e suscita o ódio em uma sociedade que já carrega esses sentimentos. Também não é a primeira vez que o presidente declara sobre as pessoas vivendo com HIV e as despesas á sociedade. Ele ignora estudos científicos que comprovam que ações de abstinência sexual não deram resultado para a gravidez indesejada e nem para prevenção de infecções sexualmente trasmissíveis. Ele ignora a Constituição Federal e diversos instrumentos firmados pelo Brasil. Ignora dados de violência sexual e ações que realmente dariam resultados como trabalhar a saúde sexual e reprodutivas dentro de instituições de educação, que são aliados sim, em ações de prevenção da gravidez indesejada, sexualidade, bullying, dentre outras ações assertivas. Esse tipo de declarações, do governante maior do país, colocam em risco construções históricas que se transformam em indicadores de aumento de mortalidade materna, de femicídios, de violência sexual . Nesta última declaração desqualifica as PVHA, é de uma violência e criminalização sem igual.
Américo Nunes, Movimento Paulistano de Luta Contra Aids: “Mais um ato de des-governo do Presidente Jair Bolsonaro frente a falta de respeito às pessoas com HIV/aids e violação de direitos de jovens adolescentes. Com muita luta do movimento de aids, foram alcançadas conquistas tornando o Brasil referência mundial na resposta à epidemia. Não é possível deixar que a pessoa que não possui um mínimo de conhecimento sobre a política de aids no Brasil possa violar a constituição – Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. As pessoas com HIV/Aids são dignas de respeito, são produtivas, são eleitores, são cidadãs. Infelizmente ainda não conseguimos conceber tempos melhores deste des-governo, já que o atual Ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta lança a campanha que prega a abstinência sexual; é uma afronta a quem pensa em educação sexual e reprodutiva. Jovens de 16 anos têm direito a votar, assim como o direito de escolha à gravidez, o jovem precisa de uma política de governo que amplie seus direitos vivendo ou não com HIV. Esta campanha é ditatorial não agrega valores e direito de escolha, em outros países fracassou. O custo de R$ 3,5 milhões investidos na campanha deveria ser destinado para ações de promoção da saúde sexual e reprodutiva e não para imposição da abstinência sexual, isto é um absurdo, é retrógrado, é violação de direitos. O plano nacional de prevenção ao sexo precoce que será implantado será mais um troféu de des-governo que irá colecionar. Diante desse cenário, imprescindível que os movimentos sociais, ativistas independentes se unam frente ao desmonte das políticas sociais deste des-governo para não permitir que eventos que, direta ou indiretamente, promovem esse tipo de comportamento que mancham o nome das pessoas vulneráveis e políticas sociais, da mesma forma, é preciso que o Ministério Público esteja atento para coibir casos de violência aos direitos constitucional a fim de garantir um ambiente seguro, saudável e livre de preconceitos e estigmas.”
06/02/2020 - Redação da Agência de Notícias da Aids
Rico Vasconcelos: Parada LGBT de SP pode escolher pela primeira vez HIV/aids como tema - 09/01/20
O ano mal começou e as coisas já estão quentes no mundo do HIV/aids no Brasil. Mas dessa vez é por um bom motivo e não como no início do ano passado.
A ONG da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, a maior do país, decidirá por votação nesta quinta-feira (9) o tema da edição de 2020 do evento. E um dos candidatos finalistas é o que me interessa aqui: “Democracia é Acesso! LGBT + Prevenção e Tratamento do HIV e da aids”.
Desde 1997, ano da primeira Parada de SP, diversos foram os temas que já figuraram as edições do evento. Boa parte deles apontaram reivindicações que, dentro de algum tempo, acabaram se tornando vitórias para a comunidade LGBT brasileira. Exemplos disso são o uso do nome social pelas pessoas trans, o casamento homoafetivo e a até a criminalização da LGBTfobia.
Aliás, nesses 23 anos de Parada em São Paulo, em 10 deles os temas de alguma forma envolveram LGBTfobia. E em absolutamente nenhuma edição chegou nem perto do HIV/aids. Leia + http://agenciaaids.com.br/noticia/rico-vasconcelos-parada-lgbt-de-sp-pode-escolher-pela-primeira-vez-hiv-aids-como-tema/
Dia Internacional de Luta Contra a Aids tem ações de conscientização em São Miguel Paulista - SP
São Miguel Paulista sediou na sexta-feira (29) a 2ª Caminhada Solidária – Dia Internacional de Luta Contra a Aids, realizada pelo Instituto Vida Nova em parceria com a Coordenadoria Regional de Saúde, Supervisão Técnica de Saúde de São M. Paulista e Serviços da Rede Municipal de Especialidade em DST/Aids (RME).
Com objetivo de ampliar a informação sobre o 1º de dezembro e dar visibilidade institucional, pela segunda vez pessoas caminharam por três quilômetros pela principal via da região, avenida Marechal Tito até a Praça Pe. Aleixo Mafra. Durante o percurso a população aderiu a caminhada, cerca de 250 pessoas entraram no clima com alegria e reinvindicação.
Ao som de apitos, músicas e abadás houve três paradas de intervenções; a primeira com um discurso sobre os direitos das pessoas vivendo com HIV/Aids, narrado por Ariana Luiza R. Wruck que vive com HIV – diretora do Instituto Vida Nova. A segunda intervenção em frente ao popular Mercado Municipal, foi narrado por Isabel Cristina Balla – coorganizadora, expôs posicionamento contrário a campanha de prevenção das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) lançada recentemente pelo Ministério da Saúde com conotações do terror e medo. Também expôs sobre o feito da cidade de São Paulo por ser a terceira a eliminar a infecção do HIV durante a gestação (transmissão vertical) da mãe para o bebê.
A terceira intervenção aconteceu na praça Pe. Aleixo Mafra narrada por Letícia Rodrigues que alerta a população sobre os dados epidemiológico no mundo, com o atual cenário no Brasil – 40 mil novas infecções por ano, 134 mil pessoas não conhecem sua condição sorológica, 629.327 pessoas com HIV estão em tratamento, 900 mil pessoas vivem com HIV – Fonte Ministério da Saúde – novembro/2019.
A programação seguiu com um ato público com autoridades locais da administração, da saúde e sociedade civil organizada.
“...é muito importante reafirmar o que o Vida Nova faz e marcar essa data tão importante aqui na nossa região e o momento que a gente relembra sempre a necessidade de sermos mais tolerantes, de ter uma melhor informação, de ter compaixão, de olhar o outro como ser humano, com o olhar do amor, com olhar da solidariedade. E também tirar os dogmas que é muito importante; não como no século passado quando se falava em aids e se tinha toda uma distorção que levava a discriminação desnecessária. A boa informação ela é sempre importante de modo que o Instituto está de parabéns” disse Edson Marques – subprefeito de São Miguel Paulista.
Marcos Brum da área técnica de articulação com a sociedade civil organizada, representando a coordenação do Programa Municipal de DST/Aids, disse. “...o sistema de saúde do município de São Paulo do Programa Municipal de DST/Aids, depende muito dessas ações da sociedade civil, que nos chama e nos alerta para as necessidades da população; é uma sinergia muito importante deste trabalho conjunto entre sociedade civil e governo. Estamos muito honrados por esse trabalho que vocês fazem o ano todo, parabéns!”
“... essas pessoas que estão aqui, elas fazem um trabalho que a gente vê os resultados na prática e na efetividade no facebook, na imprensa; quando a gente vê noticiado que São Paulo pelo segundo ano consecutivo teve redução dos números de casos de HIV e esse trabalho é feito junto com a sociedade civil; então é um trabalho da Secretaria Municipal de Saúde, do Programa Municipal de DST/Aids e dos sete serviços que temos na região – Serviços de Atenção Especializada (SAEs) e Centros de Testagem e Aconselhamento (CTAs). Precisamos avançar muito ainda, mas temos muito a comemorar” disse Evanilsa Borges Soares - Interlocutora da Coordenadoria Regional de Saúde Leste
“...estou sendo agraciado com esse momento maravilhoso, subprefeito, coordenadoria, secretaria e ong, trabalhando em prol das doenças sexualmente transmissíveis e aids. É uma honra e orgulho estar aqui hoje, só de saber que nós conseguimos diminuir a transmissão vertical em São Paulo, isso é o sinal do trabalho que vocês fazem, é do trabalho da ponta, dos SAEs, CTA e UPAS” disse Wagner Gonçalves – Supervisor de Saúde
Segundo Jardel Soares - gerente do CTA São Miguel Paulista “...observar esse ativismo esse movimento é muito interessante, mostra que realmente com a força da população faz uma diferença enorme, a gente observa isso no serviço em parceria continua com os movimentos sociais. Estamos no processo de ampliação de serviços no CTA São Miguel de trazer melhorias e qualidade na testagem, acolhimento, tratamento para as pessoas com HIV e dispensação da profilaxia pós e pré exposição ao HIV”.
Para Camila Balbini - gerente do SAE Líder “...eu fico muito feliz de estar aqui hoje e de conhecer essa realidade de parceria de trabalho; a gente fazer o trabalho sozinho é muito difícil. Quando a gente tem equipes que nos apoiam como o Vida Nova que tem esses eventos, melhoram a qualidade de vida das pessoas vivendo com HIV e isso é muito importante e nos fortalece e nos anima para que a gente consiga abraçar e consiga combater esse avanço do HIV na nossa cidade”.
Finalizando os discursos “...vamos celebrar as conquistas e lutas dessas três décadas da epidemia de aids, temos muitas coisas a fazer, fico triste com o aumento de casos na população da terceira idade, em jovens e homens que fazem sexo com homens.
Temos que ter muito cuidado com isso! Juntos com os serviços devemos levar mais esclarecimentos para dentro das escolas, anos passados muitas vezes encontrei portas fechadas nas escolas. Isso dever ser renegociado, mas acredito que não temos que deixar que esta situação persista, se não voltaremos ao passado e tudo que a gente fez, que não se perca”. afirma Jorge Eduardo – Presidente do Instituto Vida Nova.
Por nenhum direito a menos, foi a frase de impacto do ato público lido por Renato Pimentel – agente de prevenção. “O Instituto Vida Nova vem a público parabenizar todos os profissionais de saúde, gestores, técnicos e a sociedade civil pelo compromisso e empenho na eliminação da transmissão vertical do HIV na cidade de São Paulo. Essa é uma vitória do SUS e do controle social. Sabemos que só com boa vontade, comprometimento, monitoramento e políticas públicas é possível fazer com que o pré-natal seja realizado de forma adequada, permitindo o diagnóstico precoce do HIV, o acesso ao tratamento e crianças livres do vírus”. trecho do documento do ato público.
A caminhada solidária só é possível através da mobilização de vários parceiros e disponibilização das infraestruturas da subprefeitura. Para além do dia Internacional de Luta Contra a Aids, a caminhada oferece um mutirão de serviços essenciais, integrados e gratuitos nas áreas de cidadania, saúde, educação e lazer.
A cada ano a caminhada solidária agrega inovações para aumentar seu impacto junto à comunidade, buscando também estimular às escolas a reflexão da prevenção das ISTs e inclusão social. Os serviços oferecidos variam a cada ano, dependendo das parcerias estabelecidas.
Neste ano a comunidade se beneficiou de shows musicais com artistas locais, serviços de saúde – teste para HIV, vacinação contra sarampo, massagem quick, práticas corporais, dança de roda, aula de zumba, orientação sobre nutrição, oferta de preservativos e sorteios de bilhetes para shows de artistas como Pixote entre outros. Américo Nunes Neto - idealizador da Caminhada Solidária
Programas Estadual e Municipal de DST/Aids de SP se posicionam contra as mudanças no antigo Departamento de Aids e dizem que política está enfraquecida - 18/07/2019
Em maio deste ano, por meio de um decreto presidencial, o governo federal modificou a estrutura do departamento que promove o combate à aids no Ministério da Saúde. As mudanças causaram apreensão entre as pessoas que lutam contra a aids no País e estão sendo duramente criticadas por médicos, gestores e ativistas. Nessa quarta-feira (17), a convite da coordenação do Mopaids (Movimento de Luta Contra a Aids), a coordenadora-adjunta do Programa Estadual de DST/Aids de São Paulo, Maria Clara Gianna, e a coordenadora do Programa Municipal de DST/Aids, Maria Cristina Abbate, participaram da reunião ordinária explicaram o posicionamento do Estado e Município sobre o assunto. As duas disseram que são contrárias as mudanças e, assim como o movimento social, consideram que a política de aids perdeu visibilidade na esfera federal. leia + http://agenciaaids.com.br/noticia/programas-estadual-e-municipal-de-dst-aids-de-sao-paulo-se-posicionam-contra-as-mudancas-no-antigo-departamento-de-aids-e-dizem-que-politica-esta-enfraquecida/
Johnson & Johnson testará vacina experimental contra o HIV nos EUA e Europa - 13/07/2019
Após quase quatro décadas de pesquisa e de reveses, o laboratório Johnson & Johnson está terminando de preparar aquela que poderá ser a primeira vacina contra o vírus da AIDS. O plano é começar com os testes no final do ano nos Estados Unidos e Europa, com 3.800 homens. Seus cientistas procuram, em todo caso, encontrar uma vacina que funcione em todas as populações ao redor do mundo, especialmente na África.
O HIV é um vírus que se modifica com grande rapidez e que ataca o sistema imunológico humano. O passo a ser dado por sua filial Jansenn para desenvolver a vacina foi antecipado por Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergias e Enfermidades Infecciosas dos EUA, em uma entrevista à agência Bloomberg, embora a J&J já tenha anunciado há um ano que faria testes em grande escala. Participa dessa iniciativa também a Rede de Testes de Vacinas Contra o HIV. Leia +https://brasil.elpais.com/brasil/2019/07/12/actualidad/1562942536_177617.html?id_externo_rsoc=fb_BR_CM&fbclid=IwAR3KAL5n1juNUZ_jrd8PYh87HB4QAqcPma6c9_3ijHEOXEnA02uUbw8ZUQg
Debatedores criticam mudanças na política de enfrentamento ao HIV/Aids
05/07/2019
Reestruturação do departamento que cuida da política de enfrentamento ao HIV/Aids preocupa deputados e organizações da sociedade civil
Este ano, um decreto (9.795/19) modificou a estrutura do Ministério da Saúde, transformando o Departamento de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), HIV, Aids e Hepatites Virais em Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis.
A deputada Érika Kokay (PT-DF) afirmou, em audiência pública realizada nesta quinta-feira (4) na Comissão de Legislação Participativa, que esta não é apenas uma mudança de nome.
leia + https://odocumento.com.br/debatedores-criticam-mudancas-na-politica-de-enfrentamento-ao-hiv-aids/
Mopaids: Para ativistas, inclusão da TB e hanseníase no Departamento de Aids é um mais um passo para o desmonte da política - 18/04/2019
Ativistas do Mopaids (Movimento Paulistano de Luta contra a Aids) criticaram, nessa quarta-feira (17), em reunião ordinária, a inclusão da tuberculose e da hanseníase no rol de agravos de responsabilidade do Departamento de IST, Aids e Hepatites Virais. A mudança na estrutura do Departamento foi anunciada no início de abril, em reunião com os coordenadores de IST/aids. Os militantes desaprovaram a falta de discussão do governo com a sociedade civil sobre as mudanças. “Para nós, da tuberculose, só mudamos de departamento. Mas é claro que a aids perdeu espaço e importância política. Juntar todos os agravos é desarticular movimentos”, disse o professor José Carlos Veloso, membro do Comitê Estadual de Controle Social da Tuberculose de São Paulo. Leia +
Araújo José de Lima Filho
Ao longo dos últimos 30 anos sua atuação em defesa das pessoas que vivem com HIV e aids, pela valorização do SUS e em favor das populações mais vulneráveis foram marcas que deixaram imenso impacto na luta contra a aids no Brasil. Vinculado ao GIV (Grupo de Incentivo à Vida) desde sua fundação, foi um dos mais importantes entusiastas da RNP+ Brasil, em 1995; também foi coordenador geral da Associação François Xavier Bagnoud do Brasil (AFXB) e ultimamente era diretor do EPAH – Associação Espaço de Prevenção e Atenção Humanizada, além de ser um dos coordenadores do Movimento Paulistano de Luta contra a Aids (Mopaids). Partiu em 03/09/2019